ATA DA
SEPTUAGÉSIMA SÉTIMA SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA
DÉCIMA SEXTA LEGISLATURA, EM 18-8-2016.
Aos dezoito dias do mês de
agosto do ano de dois mil e dezesseis, reuniu-se, no Plenário Ana Terra do
Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e
quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, na qual registraram presença
Adeli Sell, Bernardino Vendruscolo, Cassio Trogildo, Clàudio Janta, Guilherme
Socias Villela, Idenir Cecchim, José Freitas, Kevin Krieger, Lourdes Sprenger,
Marcelo Sgarbossa, Mauro Pinheiro, Mendes Ribeiro, Paulinho Motorista, Paulo
Brum, Reginaldo Pujol, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal.
Constatada a existência de quórum, o Presidente declarou abertos os trabalhos.
Ainda, durante a Sessão, registraram presença Airto Ferronato, Delegado
Cleiton, Dinho do Grêmio, Dr. Goulart, Dr. Thiago, Elizandro Sabino, Engº
Comassetto, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, João Ezequiel, Jussara Cony,
Lourdes Sprenger, Luciano Marcantônio, Márcio Bins Ely, Mario Manfro, Mauro
Zacher, Rodrigo Maroni e Valter Nagelstein. À MESA, foram encaminhados: o
Projeto de Lei do Legislativo nº 192/16 (Processo nº 1918/16), de autoria de
Clàudio Janta; e o Projeto de Lei do Legislativo nº 042/16 (Processo nº
0522/16), de autoria de Lourdes Sprenger. Após, foi apregoado Requerimento de
autoria de Márcio Bins Ely, solicitando Licença para Tratamento de Saúde no dia
dezesseis de agosto do corrente. Em prosseguimento, foi aprovado Requerimento
de autoria de Fernanda Melchionna, solicitando Licença para Tratar de
Interesses Particulares do dia dezoito ao dia vinte e quatro de agosto do
corrente, tendo o Presidente declarado empossado na vereança o suplente João
Ezequiel, informando que Sua Senhoria integrará a Comissão de Urbanização,
Transportes e Habitação. Em COMUNICAÇÃO DE
LÍDER, pronunciaram-se Sofia Cavedon, João Ezequiel, Clàudio Janta e Jussara
Cony. Após, foi apregoado o Ofício nº 761/16, do Prefeito, encaminhando o
Projeto de Lei do Executivo nº 021/16 (Processo nº 1988/16). Às quinze horas,
constatada a existência de quórum deliberativo, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Em
Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº
144/13 (Processo nº 1497/13), por dezessete votos SIM e sete votos NÃO, após
ser discutido por Marcelo Sgarbossa, Sofia Cavedon, Dr. Goulart, Adeli Sell,
Lourdes Sprenger, Valter Nagelstein, Engº Comassetto, João Ezequiel, Bernardino
Vendruscolo, Mauro Pinheiro e Clàudio Janta e encaminhado à votação por Marcelo
Sgarbossa e Engº Comassetto, em votação nominal solicitada por Clàudio Janta,
tendo votado Sim Adeli Sell, Bernardino Vendruscolo, Clàudio Janta, Delegado
Cleiton, Dr. Goulart, Dr. Thiago, Engº Comassetto, Idenir Cecchim, João
Ezequiel, Jussara Cony, Lourdes Sprenger, Luciano Marcantônio, Marcelo
Sgarbossa, Mario Manfro, Paulinho Motorista, Sofia Cavedon e Tarciso Flecha
Negra e votado Não João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, José Freitas, Mauro
Pinheiro, Mauro Zacher, Paulo Brum e Valter Nagelstein. Na ocasião, foi
constatada a existência de quórum deliberativo, em verificação solicitada por
Clàudio Janta. Em Renovação de Votação, foi aprovada a Emenda nº 02 aposta ao
Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 020/14 (Processo nº 1718/14). Em
Renovação de Votação, foi aprovada a Emenda nº 04 aposta ao Projeto de Lei
Complementar do Legislativo nº 020/14, por vinte e um votos SIM, sete votos NÃO
e uma ABSTENÇÃO, em votação nominal solicitada por Sofia Cavedon, tendo votado
Sim Adeli Sell, Airto Ferronato, Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Dinho do
Grêmio, Dr. Goulart, Dr. Thiago, Elizandro Sabino, Guilherme Socias Villela,
Idenir Cecchim, João Carlos Nedel, Luciano Marcantônio, Mario Manfro, Mauro
Pinheiro, Mauro Zacher, Mendes Ribeiro, Paulinho Motorista, Paulo Brum,
Reginaldo Pujol, Tarciso Flecha Negra e Valter Nagelstein, votado Não João
Bosco Vaz, João Ezequiel, José Freitas, Jussara Cony, Lourdes Sprenger, Marcelo
Sgarbossa e Sofia Cavedon e optado pela Abstenção Engº Comassetto. Em Discussão
Geral e Votação, foi apreciado o Projeto de Lei do Executivo nº 044/12
(Processo nº 2388/12). Foi aprovada a Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei do
Executivo nº 044/12. Foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 044/12. Em
Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de Lei do Legislativo nº 054/13
(Processo nº 0794/13), o qual, após ser discutido por Adeli Sell, teve tua
discussão suspensa em face da inexistência de quórum deliberativo. Na
oportunidade, Engº Comassetto apresentou Declaração de Voto ao Projeto de Lei
do Executivo nº 044/12. Às dezesseis horas e cinquenta minutos, constatada a
inexistência de quórum deliberativo, em verificação solicitada por Dr. Thiago,
foi encerrada a Ordem do Dia. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª
Sessão, o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 007/16, discutido por
Reginaldo Pujol, e o Projeto de Lei do Legislativo nº 169/16; em 2ª Sessão, os
Projetos de Lei do Legislativo nos 130, 170 175 e 184/16, este
discutido Engº Comassetto, e o Projeto de Resolução nº 043/16. Ainda, Idenir
Cecchim pronunciou-se durante o período de Pauta. Durante a Sessão, João
Ezequiel manifestou-se acerca de assuntos diversos. Às dezessete horas e cinco
minutos, o Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os vereadores para
a próxima sessão ordinária.
Os trabalhos foram presididos por Cassio Trogildo, Paulo Brum e Guilherme
Socias Villela e secretariados por Paulo Brum. Do que foi lavrada a presente
Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelo 1º Secretário e pelo
Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Márcio Bins Ely solicita Licença
para Tratamento de Saúde no dia 16 de agosto de 2016.
A Ver.ª Fernanda Melchionna solicita
Licença para Tratar de Interesses Particulares no período de 18 a 24 de agosto
de 2016. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam o Pedido de
Licença permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
A Mesa declara empossado o Suplente, Ver.
João Ezequiel, nos termos regimentais, que integrará a Comissão de Urbanização,
Transportes e Habitação – CUTHAB.
A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra
para uma Comunicação de Líder:
A SRA. SOFIA
CAVEDON:
Sr. Presidente, Ver. Cassio Trogildo, senhoras Vereadoras e senhores
Vereadores, pela manhã estive, tratando do tema segurança com o Diretor da
EPTC, Sr. Cappellari, e queria fazer o registro da importância de nós
insistirmos
nesse tema e propormos, Vereador-Presidente, que façamos uma reunião do comitê
estadual, trazendo a Secretaria da Segurança Pública, a Brigada Militar, a EPTC
e a Guarda para discutir o cercamento eletrônico da Capital. Por quê? Porque
nós aprovamos uma indicação, porque se fala muito e porque há cidades que já
conseguiram adotar esse cercamento, que pode diminuir muito o roubo de carros
na nossa Cidade, diminuindo muito a violência, os assassinatos, a insegurança.
O que significa esse cercamento eletrônico? Significa podermos ter câmeras de
vídeo específicas que monitorem ou que filmem as placas dos carros nas saídas
da cidade de Porto Alegre. Temos hoje muitas câmeras: 1.228 num centro que o
Gabinete do Prefeito coordena, e 115 na Cecomm – Central de Controle e
Monitoramento da Mobilidade, que a própria EPTC coordena. Esses dois centros,
juntos, têm quase 1.300 câmeras de vídeo. São câmeras que têm mobilidade, que
têm alta percepção, mas que não são como os pardais, que ficam focados num
determinado ponto, monitorando todo carro que passa. Portanto, o cercamento
eletrônico da Capital tem que ser adquirido, pois tem que ser outro sistema.
Esse sistema tem custo, mas vai resultar em muito mais proteção às pessoas, aos
cidadãos e cidadãs da nossa Cidade. Nós entendemos que essa – a nossa bancada,
e eu sei que a Câmara também – é uma das medidas, o uso da tecnologia, com um
custo muito menor do que com pessoal, de manutenção baixa, de investimento
inicial... E é possível, desenvolvido o projeto e articuladas as ações, buscar
financiamento fora do Estado, se o Estado do Rio Grande do Sul não conseguir
priorizar. No entanto, por
que sugiro que possamos produzir uma reunião para discutir a tecnologia e os
monitoramentos, Vereador-Presidente? Porque se os nossos centros integrados,
tanto o da EPTC quanto da Prefeitura, muita condição, por outro lado eles estão
muito afastados ainda da segurança. Essas 1.128 câmeras são de domínio das
diferentes Secretarias; então, algumas são da Guarda Municipal, outras tantas
são do DMLU, outro tanto é da SMED. O controle integrado que há da Prefeitura é
que vai solicitar a autorização para cada Secretaria, se, no caso, a Secretaria
da Segurança solicitar acesso às imagens. Então, nós temos 1.128 filmando a
Cidade, seja lá dentro do Postão, Ver.ª Lourdes, e lá dentro do Postão 3 tem, a
saúde tem várias câmeras, mas a Brigada Militar para chegar nesses vídeos vai
passar por uma triagem, que é o coordenador do centro integrado, e vai passar
por uma deliberação, por uma concessão da Secretaria da Saúde. Então, essa
integração, em tempo real, otimizada, não existe. O cercamento eletrônico da
Capital, que seria um outro sistema, tem que nascer já de uma ação integrada
entre Município, Estado, União e Polícia Rodoviária; não pode nascer, de novo,
de forma fracionada. Esta é uma das questões que aprendi nesse movimento; estou
levando hoje as nossas indicações. Quanto ao tema da multa na sinaleira – para
divulgarmos -, de fato, a EPTC reafirma que das 22h às 5h é criteriosa: se o
cidadão passar o sinal vermelho devagar, observando, ele não vai ser multado.
Portanto, é importante que divulguemos isso para os nossos conhecidos, nas nossas
páginas, para que as pessoas tenham uma postura de prudência, para que não
parem na sinaleira a partir das 22h. Já entendo que esse procedimento deveria
ser a partir do início da noite, a partir das 19h; no entanto, esse alargamento
depende do nosso debate, da nossa luta. Entendo que nós, como Câmara, devemos,
sim, continuar insistindo para que a Cidade coloque a sua condição de
tecnologia pessoal à disposição da segurança do cidadão de Porto Alegre, porque
a situação é bastante dramática.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. João Ezequiel está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO EZEQUIEL: Boa tarde, Presidente; boa tarde,
Vereadoras e Vereadores aqui presentes, público que nos assiste pela TVCâmara,
funcionários, servidores da Câmara. Sempre que eu venho substituir os nossos
Vereadores, seja o Ver. Alex Fraga, seja a combativa Ver.ª Fernanda Melchionna,
sou muito bem recebido pelos servidores.
Quero
aproveitar a oportunidade de estar aqui hoje substituindo a Ver.ª Fernanda
Melchionna, em licença, para tratar de alguns assuntos necessários neste
momento. Quero dizer para os Vereadores e Vereadoras que todos nós sabemos que,
no Brasil, a vida dos trabalhadores nunca foi fácil. Nunca houve tempo fácil para
os trabalhadores do Brasil, mas nós estamos vivendo hoje uma época muito
problemática para eles. Na esfera federal, nós vamos ter agora a conclusão do
processo de impeachment da Presidente
afastada, Dilma. Quero declarar aqui que, de longe, se parte da população
brasileira, se parte dos trabalhadores brasileiros acreditavam que o impeachment seria a solução para este
País, nós estamos vendo agora, claramente, Ver.ª Jussara, que este impeachment nada mais fez do que colocar
um Governo ilegítimo na Presidência deste País, que agora aprofunda os ataques
aos trabalhadores. Deixo aqui a posição do PSOL, muito clara, de que nós
teremos tempos muito difíceis com este Governo ilegítimo do Temer, que está lá
na Presidência da República, neste momento, de forma interina, mas poderá
permanecer após a conclusão do impeachment.
Aqui
em Porto Alegre, nós, trabalhadores, estamos vivendo também situações muito
difíceis. A cada ano os municipários de Porto Alegre têm que fazer uma luta,
têm que fazer greve para garantir, Ver. Janta, nada mais, nada menos, do que a
reposição da inflação. Agora, senhoras e senhores, mais uma vez, o Prefeito de
Porto Alegre, José Fortunati, que está apoiando a candidatura do Melo, que
também é do PMDB, foi para imprensa ameaçar novamente os servidores com o
parcelamento dos salários.
Eu quero dizer aqui a todos e todas que sou Suplente de
Vereador pelo PSOL e, antes disso, sou servidor municipal da Saúde em Porto
Alegre. Quero dizer aqui em nome de todos meus colegas, aos Vereadores da base
aliada, ao Prefeito Fortunati, ao candidato Melo, que nós municipários não
aceitaremos mais ataque aos nossos direitos, não aceitaremos um desrespeito
absurdo como o que está acontecendo com os servidores Estaduais, pela mão do
Governo Sartori: parcelamento dos salários. Quero deixar aqui um aviso: se os
municipários tiverem os salários parcelados, a cidade de Porto Alegre vai
parar! Vereadores e Vereadoras, se isso acontecer, Ver.ª Jussara, haverá uma
greve histórica em Porto Alegre, nunca ocorrida antes nesta Cidade. Digo para
vocês porque os meus colegas municipários que estão nos hospitais municipais,
nos prontos atendimentos, nas escolas, assim como os nossos valorosos Guardas
Municipais, nossos trabalhadores da SMA, da SMED, estão prontos para luta, se forem
atacados de novo nos seus direitos.
Gente,
para concluir, quero dizer uma coisa aqui: o trabalhador que trabalhou um mês
inteiro tem o direito muito básico de receber seu salário. Gente, nós chegamos
a um absurdo, Ver.ª Jussara, numa época tão difícil, que agora é luxo receber o
próprio salário. O trabalhador trabalha o mês inteiro; aí vemos o Prefeito ir
até a imprensa e dizer de forma muito tranquila que em outubro - engraçado que
ele já sabe que é em outubro, depois da eleição - poderá parcelar os salários.
Então quero deixar bem frisado – aproveitando a oportunidade de estar novamente
nesta Casa – e bem concreto aqui: nós temos um sindicato de luta! O Sindicato
dos Municipários de Porto Alegre é um sindicato de luta. Nós temos, Ver.ª
Jussara, as associações de municipários, e nós não ficaremos calados, nós não
ficaremos parados. Então, eu peço aqui o apoio de todos os Vereadores, de todas
as Vereadoras, que não permitam que os salários dos servidores municipais sejam
atingidos. Muito obrigado, uma boa-tarde a todos e a todas.
(Não
revisado pelo orador.)
(O
Ver. Paulo Brum assume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. CLÀUDIO JANTA: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores, hoje de manhã, na reunião de Líderes, nós recebemos, nesta Casa, o
Prefeito de Porto Alegre, que nos entregou a LDO de 2017, trazendo algumas
considerações, entre elas, duas áreas que muitos nos interessam. O Perfeito trouxe
um convênio, que a Prefeitura assinou, onde prevê, na LDO, 82 milhões de
dólares para a educação, com um investimento maciço na revitalização das
escolas, na questão da tecnologia de informação dentro das escolas e também na
qualificação, melhorando a questão dos salários dos professores das escolas
municipais. A outra questão é que vai manter o Orçamento com 20,17% para área
da saúde. O que nos chamou a atenção foram os dados que o Prefeito nos trouxe
sobre o atendimento de emergência na cidade de Porto Alegre: era feito 30% para
fora do Município de Porto Alegre, este ano passou para 45%, em função de que
várias unidades de emergência que fecharam no entorno da nossa Cidade. A alta
complexidade que a Cidade assinou com o Estado e com a União de ser 40% para
fora de Porto Alegre, hoje essa alta complexidade é de 65% para fora de Porto
Alegre, sobrando 35% para nossa Cidade. Isso nos assusta muito, e a nossa
população vem sofrendo com a questão da saúde. Nós aprovamos nesta Casa, por
ampla maioria, o atendimento à saúde 24 horas nas Unidades Básicas de Saúde, o
que vai ajudar a população no seu atendimento primário, mas a gente vê a UPA da
Lomba do Pinheiro e a UPA da Assis Brasil tendo o seu atendimento usado – e não
há como não ser – por pessoas da Região Metropolitana de Porto Alegre. Isso
realmente dificulta muito a vida das pessoas no atendimento básico de saúde.
Hoje sai o índice de desemprego no Brasil, chegando a 11%, e, em Porto Alegre,
beirando os 10%, o que tende a piorar o atendimento à saúde, porque as pessoas
tendem a adoecer mais; e, principalmente, tendem a diminuir os repasses para o
Município. O Ver. João Ezequiel veio aqui falar de sua preocupação, nós, no
início do ano, já subimos na tribuna fazendo esse alerta a respeito da questão do
provável parcelamento do salário dos servidores municipários como está
acontecendo no Estado. Geralmente quem paga a conta são os trabalhadores, o que
não admitimos e não vamos admitir que ocorra. Na União, quando o Governo disse
que vai mexer no direito dos trabalhadores, tivemos uma reunião, sábado, com o
Ministro do Trabalho, que firmou que não vão tirar direitos dos trabalhadores.
Esperamos que isso ocorra e temos convicção de que isso não vá ocorrer pela
postura do Ministro. Não achamos que seja justo parcelar salário dos
trabalhadores; não é justo ver pessoas que têm a sua vida programada, receber
parcelas de R$ 450,00, e depois de R$ 600,00, como acontece no Estado. Eu acho
que, assim como as pessoas programam sua vida, os gestores públicos também têm
que programar a sua. Acho que isso preocupa a todos nós. Não pode a Prefeitura
apresentar um Orçamento e dizer que os principais investimentos serão para as
obras da orla do Guaíba; dizer que, nos seus principais investimentos, não
estão contempladas as pessoas que tocam a gestão pública nas áreas da saúde, da
educação, da mobilidade urbana, em todas as áreas da Prefeitura de Porto Alegre
que trabalham para o povo de Porto Alegre. Cabe a esta Câmara, quando chegar a
LDO, debruçar-se, principalmente, sobre as questões que fazem a Cidade
funcionar, fazer a limpeza urbana, a educação, a saúde e segurança da nossa
Cidade funcionarem. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): A Ver.ª Jussara Cony está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
A SRA. JUSSARA CONY: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores, venho a esta tribuna porque considero, hoje, um dia muito especial
pelo que já aconteceu da manhã até este momento. Antes quero dar as boas-vindas
ao João Ezequiel, e o chamo assim porque, antes de ser Vereador, é, como eu, um
servidor público. Sua presença é sempre muito bem-vinda aqui; nós que há muito
tempo lutamos pelo nosso Sistema Único de Saúde e pela saúde no Município de
Porto Alegre. Então, sempre é muito bom tê-lo aqui.
Quero
fazer uma relação: João, que ama Maria, que ama Pedro; Temer, que ama Sartori,
que ama Melo. É um pouco assim essa relação, tudo num processo de amar o golpe,
de amar o retrocesso do Brasil. E isso não é amor; isso é ódio. É ódio sob o
ponto de vista do significado da perda de direitos dos trabalhadores, da ameaça
à Nação brasileira, na sua democracia, na sua soberania. Avizinham-se
perspectivas – o João Ezequiel abordou isso muito bem aqui – de nós termos
retrocessos nas conquistas históricas dos trabalhadores, sob o ponto de vista
de 13º, férias, até proposta de 80 horas semanais para os trabalhadores já
chegou. Isso é barbárie! Isso é o antagonismo à civilização, que correu lado a
lado, mesmo no processo do sistema capitalista, do neoliberalismo que, hoje,
está recomeçando a ser implantado neste País, num patamar elevadíssimo, para
levar mesmo a Nação à barbárie. E a Nação, quando eu falo, estou falando na
nossa aldeia. “Canta a tua aldeia e serás universal”, já nos disse Tolstoi. Porque,
sem dúvida, repercute é nos Municípios, porque é aqui que moramos, trabalhamos,
somos explorados, amamos, criamos nossos filhos.
Então, eu venho a esta tribuna, exatamente para
dizer que é o golpe na democracia, é o golpe nos trabalhadores e é o golpe nas
políticas públicas, historicamente construídas, exatamente pela população e
pelos trabalhadores.
Eu sou Presidente da Frente Parlamentar em
Defesa do Servidor e do Serviço Público e quero dizer a esta Câmara que, se os
salários dos municipários for parcelado, esta Câmara não poderá ficar calada,
porque esta Câmara tem a responsabilidade de fiscalização, inclusive, dos
direitos dos trabalhadores! Os servidores são o esteio - assim como nossos
servidores aqui - sob o ponto de vista da Administração, para que as políticas
públicas estejam lá onde está a população: servidores da saúde, da educação, da
cultura, enfim, os servidores do Município. Esta Câmara não poderá ficar
calada. Hoje, pela manhã, eu também queria fazer uma análise aqui... O Prefeito
esteve aqui e nos apresentou o Orçamento para 2017 - duas questões me chamaram
a atenção: a primeira delas é que eu quero relacionar com a sonegação de
impostos, com o não combate em todos os níveis da sonegação de impostos. Hoje pela manhã, vim de lá,
diretamente para cá, e o Prefeito fez algumas intervenções, sendo que uma me
chamou a atenção: a falta de aporte de recursos para o Município, tanto que o
Orçamento é praticamente igual ao do ano passado. Entendo a crise, entendo a
dinâmica econômica, mas...
Hoje
de manhã tivemos, pelo Afocefe-Sindicado, as entidades, as centrais sindicais,
como CUT, CTB e CPERGS estavam lá, o lançamento do sonegômetro, mostrando em
segundos como a sonegação, a não fiscalização e a não intervenção do Estado,
enquanto ente público, no combate aos grandes sonegadores traz soluções
antagônicas aos direitos do povo; em vez de combater a sonegação, o Estado
divide o salário, mas não combate a sonegação, não combate os grandes que
sonegam.
(Aparte
antirregimental.)
A SRA. JUSSARA CONY: Eu estou na tribuna, Vereador, e não sou
base de apoio da Luciana Genro, embora a respeite e muito como mulher e
trabalhadora. Quero continuar dizendo que tem que combater a sonegação e
enfrentar os grandes sonegadores, porque o povo, Tarciso, paga seus impostos!
Quem não paga são os grandes sonegadores, para não ter que dividir salários.
Outra
coisa que me chamou atenção na fala do Prefeito Municipal foi exatamente algo
que sempre temos defendido aqui: a necessidade urgente de que o Estado cumpra
seu papel na estratégia do Sistema Único de Saúde, para que os Municípios não
sejam penalizados no atendimento à saúde da população. Estão fechando os
hospitais em todo o Estado do Rio Grande do Sul, e vêm tudo para a cidade de
Porto Alegre. Eu achei interessantes os dados que o Prefeito trouxe, porque eu
os conheço.
Finalizo
dizendo: o Estado do Rio Grande do Sul, o Governo Sartori, que não combate
sonegação, que divide salário dos trabalhadores, deveria estar fazendo a
regulação do Sistema Único de Saúde, para que Porto Alegre não tivesse
que arcar com aquilo que não é de sua responsabilidade. Eram essas as questões
que eu queria trazer hoje aqui neste tempo de Liderança, agradecendo a Mesa e
aos meus colegas pelo respeito enquanto estive aqui nesta tribuna.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): Apregoo o PLE nº 021/16.
(O Ver. Guilherme Socias Villela assume a
presidência dos trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela – às 15h): Havendo
quórum, passamos à
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 1497/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 144/13, de autoria do Ver. Marcelo Sgarbossa,
que obriga o Executivo Municipal a adquirir produtos orgânicos para serem
incluídos no cardápio da merenda escolar da Rede Municipal de Ensino.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela existência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CEFOR. Relator Ver. Cassio Trogildo: pela rejeição do Projeto;
-
da CUTHAB. Relator Ver. Clàudio Janta: pela aprovação do Projeto;
-
da CECE. Relator Ver. João Derly: pela aprovação do Projeto;
-
da COSMAM. Relator Ver. Mauro Pinheiro: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na
Ordem do Dia em 06-08-14.
O SR.
PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela): Em discussão o PLL nº 144/13. (Pausa.) O Ver. Marcelo
Sgarbossa está com a palavra para discutir o PLL nº 144/13.
O SR. MARCELO SGARBOSSA: Boa tarde a todos e a todas. É a primeira
vez que me pronuncio no plenário, quero apenas usar alguns segundos para deixar
uma sugestão à nossa Mesa Diretora, já que estamos reformando o plenário Otávio
Rocha. Desde que entramos aqui, nos primeiros meses de mandato, percebemos algo
muito conceitual: nós ficamos de costas para a população. Em algumas câmaras,
no interior do Estado, os Vereadores ficam de lado para o público, Ver. Idenir
Cecchim. Eu acho que seria uma ideia, se ainda é possível, nessa reforma, colocamos,
as mesas, quando voltarmos para o plenário Otávio Rocha, de lado; ficando de
lado e não de costas para as galerias. Eu queria apenas fazer esse registro,
fiz isso nos primeiros meses de mandato, e o faço agora, tentando aproveitar
essa oportunidade da reforma do Plenário Otávio Rocha.
Este
projeto que estamos discutindo e vamos votar em seguida tem uma alta
repercussão e um acordar da sociedade para a questão da alimentação. O projeto
trata da implementação gradual, porque logicamente, não há nenhuma estrutura
montada para absorver, de imediato; então, uma estrutura que gradualmente
consiga atender, chegando até 50% a inserção de alimentos orgânicos na merenda
das escolas municipais. A questão do alimento orgânico - acha que não preciso
reprisar isso - tem crescido muito na nossa sociedade, e acho que o melhor
indicador é a feira da Av. José Bonifácio, que está atrolhada de pessoas - está
aqui o Leonardo Melgarejo, da Agapan, que nos prestigia, que veio acompanhar a
votação deste projeto. Há uma cultura cada vez mais crescente na alimentação
orgânica. As pessoas estão se dando conta de que estão comendo veneno. Há
estudos que mostram que a brasileira e o brasileiro consomem em média quase
cinco litros de veneno ao ano - isso é enorme, é uma proporção exagerada se
comparada a outros países. Se queremos isso para nós, porque não querer para
nossas crianças? O projeto propõe, uma vez aprovado, que a escola passe a
adquirir produtos orgânicos: 10% no primeiro ano; 20% no segundo; 30% no
terceiro, 40% no quarto ano, chegando ao percentual de 50% do que for consumido
nas escolas públicas municipais de Porto Alegre vir da agricultura orgânica, de
alimentos orgânicos. Hoje há muitos produtores que só não produzem orgânico
porque não têm a certeza da venda. Uma vez que o Município se coloca como um
comprador garantido de sua produção, ele poderá, sim, passar a produzir
orgânicos. Então veja, estou só pegando no tema saúde e do veneno em si que
estamos consumindo, porque poderíamos aqui tratar numa outra dimensão, o que
para nós, talvez, seja mais importante, que é a dimensão humana das relações
que o alimento orgânico produz. É comum escutar dos feirantes, nas várias
feiras de alimentos orgânicos que crescem a cada dia em Porto Alegre, que as
pessoas vão até a feira para comprar orgânico, mas também para conversar com
aquele produtor, porque ele diretamente produz, explica por que naquela semana
não vai ter determinado produto, pelas condições climáticas, pela geada,
havendo uma relação de troca humana que não é possível, não é a mesma troca que
ocorre com as prateleiras do supermercado. Então, vejam, estamos aqui falando
da questão da saúde em si, de não consumir tanto veneno como consumimos, e de
uma dimensão humana espetacular: proporcionar que as pessoas tenham relação
direta com os produtores. Quero fazer aqui a lembrança do projeto da Ver.ª
Sofia Cavedon que já coloca um percentual de compra de produtos direto da
agricultura familiar na merenda escolar, isso já é lei: preferencialmente se
compra da agricultura familiar, não está dito que é orgânica. Então nós aqui
queremos fazer um salto mais ousado e introduzir essa cultura do orgânico, que
já está na sociedade. Nós temos que defendê-la e fazer com que se torne uma
política pública
e não só um despertar da população para essa questão que tanto nos aflige.
Então, nem vou falar aqui, talvez, quem é médico aqui possa falar. Não há um
estudo direto, comprovado, mas inúmeros casos de câncer e de outras doenças
malignas talvez estejam relacionadas ao uso excessivo de agrotóxicos. Eu sei
que a orientação do Governo é votar contra o projeto, é contra o projeto, quero
dizer - se alguém do Governo ainda não sabe da orientação - a orientação é
contrária, mas eu quero fazer com que os Vereadores que votaram a favor, o Ver.
Janta, que lembro, só que o Ver. Kevin Krieger e outros, que votaram a favor
durante a tramitação nas Comissões, façam esse apelo: votem a favor! Eu acho
que é um bom debate; depois, se o Prefeito vetar, vamos analisar as razões do
veto. Acho que é com isso que nós vamos crescer. Então, é muito mais do que um
projeto aqui de situação ou de oposição, é um projeto para a sociedade. Eu rogo
aos meus Pares que votem a favor, porque é um bem que estamos fazendo. Nós
temos toda uma tradição – Porto Alegre tem uma cooperativa aqui, uma
associação há mais de décadas, toda na base da autonomia, do autocontrole, para
controlar que os próprios produtores continuem plantando. Então, é algo valioso
que temos em Porto Alegre, que o Poder Público pode dar um sinal positivo, a
começar pela Câmara Municipal. Então, peço a aprovação e estamos à disposição.
Se algum Vereador tiver alguma dúvida, podemos contribuir. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela): A Ver.ª Sofia
Cavedon está com a palavra
para discutir o PLL nº 144/13.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Primeiro,
quero aqui cumprimentar a presença do Presidente da Agapan, que eu acho que é
uma entidade
que merece todo o nosso respeito, que mantém um combate, luta por uma cidade
saudável, por um Estado ambientalmente sustentável. Melgarejo, bem-vindo!
Segundo, dizer que esse microfone está horrível, porque está mais alta a fala
do plenário, do que do autor da proposta, o Ver. Marcelo Sgarbossa, que fez uma
defesa brilhante, aqui muito pouco ouvida, e a sua também brilhante iniciativa
de colocar que o alimento orgânico, sem agrotóxico, deve ser priorizado para o
preparo da alimentação escolar. Espanta-me, Ver. Marcelo, saber que o Governo
está contrário a esta proposta – espanta, não; indigna -, porque às vezes não
dá mais para se espantar pelas posições, porque...
Não sei o Governo desconhece que nós temos uma pujante, importante produção
orgânica em Porto Alegre. O Ver. Idenir Cecchim já foi Secretário da SMIC;
vários aqui, como o Ver. Adeli. Há um esforço enorme das nossas chácaras, na
Zona Sul da Cidade, para cumprir os critérios do produto orgânico. Quem
acompanha as feiras ecológicas na Cidade, estão crescendo A população está
demandando. Abriu uma no Três Figueiras; abriu ou vai abrir outra aqui em
Petrópolis; estão abrindo feiras de produtos orgânicos em vários pontos da
Cidade, porque a população está tomando consciência e não quer mais oferecer
veneno para os seus filhos. Nós, tendo a condição, tendo legislação, Ver.
Marcelo, legislação federal que nos permite comprar da agricultura familiar,
tendo recurso, Orçamento, que já é comprometido para a alimentação escolar...
Portanto, o Ver. Marcelo, Ver. Adeli, não está propondo maior gasto, um gasto
diferenciado, está propondo direcionar a compra. Por que eu digo que não me
espanta? Porque eu tenho uma legislação aprovada nesta Casa - deve ser de 2006,
porque foi logo que vim para cá -; eu propus, num projeto de lei, Melgarejo, de
prioridade de compra dos produtos hortifrutigranjeiros da agricultura familiar
da cidade de Porto Alegre. Em 2004, em parceria SMED e SMIC, preparamos em 2003
e 2004, nós fizemos a compra para três escolas apenas, num projeto-piloto - o
Ver. Adeli, fez junto comigo, tenho foto histórica -, começamos a comprar para
três escolas da Zona Sul, para a Anísio Teixeira, para o Chapéu do Sol e para a
EMEI – Escola Municipal de Educação Infantil Ponta Grossa, passamos a comprar
toda a alimentação de perecíveis dos agricultores da Zona Sul; ainda não só de
orgânicos. Vejam, 21 agricultores, chácaras, se envolveram, Ver. Marcelo, para
fornecer para três escolas. Então, a gente não conseguirá comprar só de Porto
Alegre, mas fazer um esforço de comprar parte da alimentação em Porto Alegre,
eu acho que é básico, é mínimo. Então, em 2004, nós acompanhamos essas três
escolas, acompanhamos os esforços dos agricultores, porque, é óbvio, não tem
uma estrutura, eles não estão preparados para entregar toda a semana. Aí
criaram uma parceria, criaram uma substituição de produtos, porque, às vezes,
não tem lá alface, então ofereceram radite. O que nos surpreendeu
maravilhosamente, Ver. Villela? Que as crianças que moram perto das chácaras,
nas comunidades, não conheciam muitos alimentos que passaram a aparecer na
cozinha das escolas, as crianças passaram a visitar de forma pedagógica as
chácaras que não conheciam, aprender de onde vem o alimento. A Emater nos deu
todo o suporte, fez cursos com as três escolas, com as cozinheiras, com as
auxiliares de cozinha, ensinando a usar as cascas, os ramos da beterraba, da
cenoura, porque os agricultores entregavam com isso, não como é comprado na
Ceasa, comprado de São Paulo, que já vem as bolinhas, purinhas, lisinhas, que é
como a Prefeitura continua comprando. A experiência riquíssima de 2004 foi a
experiência-piloto, e, no ano de 2005 – o primeiro ano do Fogaça –, foi
encerrada e nunca mais foi retomada, nunca mais! Eu apresentei o projeto de
lei; votamos aqui na Câmara, acredito que em 2006, e nunca foi cumprido.
Encerro dizendo que nós temos prioridade já
definida, temos apoio de legislação federal e precisamos avançar para o produto
orgânico, que é a tua iniciativa, Ver. Marcelo, e espero que esta Câmara,
apesar da orientação contrária do Governo, vote a favor, porque se nós pensamos
em qualidade de vida, pensamos no bem para as nossas crianças, nós temos que
aprovar uma medida como essa. Parabéns.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela): O Ver. Dr. Goulart está com a palavra
para discutir o PLL nº
144/13.
O SR. DR. GOULART: Sr. Presidente, Ver. Villela; colegas
Vereadoras e colegas Vereadores, estou aqui para dar o depoimento sobre a
importância dos alimentos orgânicos na nossa mesa, no nosso ato de comer.
Quando eu era menino, eu lembro que se queixavam muito e não sabiam como
resolver o problema do estrôncio-90, depositado sobre os alimentos, que vinha
trazendo muitas situações de doenças, como mutações genéticas, causando câncer.
Não me lembro mais como se resolveu o problema do estrôncio-90, mas isso ficou
na minha cabeça. Quando assumi a SMIC, nós voltamos àquela informação de que
existiam alimentos orgânicos, mas que não estavam sendo muito usados, porque
não existia uma filosofia, uma cultura de se pedir alimento orgânico nas
feiras. Nos últimos tempos do nosso trabalho na SMIC, nós lutamos para colocar
mais três feiras de orgânicos. Temos agora as feiras de orgânicos de Porto
Alegre. É interessante, conseguimos aprovar essas três feiras, e não houve
manifestação de nenhuma entidade ecológica saudando esse tipo de ação que foi
muito trabalhosa para nós, para a minha equipe da SMIC. A Emater também nos
ajudou bastante, mas nunca divulgou isso, nunca falou que temos mais três
feiras orgânicas, criadas na última gestão da SMIC. Também acho importante
informar que, se eles têm dúvidas de que não vão conseguir vender, posso
afirmar para qualquer produtor orgânico que eles vendem tudo o que for
apresentado nas feiras. Tudo. Não existe a xepa da feira. Saibam vocês que as
feiras livres dão muita comida para os pobres, para as entidades, distribuem
para as pessoas, que é chamada de xepa, o resto das feiras. O chão da feira
orgânica fica limpinho, não fica nada jogado por ali, porque, mais do que uma
população comprometida com meio ambiente estar usando isso, existem situações
em que algumas firmas levam o alimento orgânico por encomenda na casa das
pessoas durante toda a semana, mostrando que é promissor o comércio de
orgânicos, o que para nós, médicos, é um motivo de alegria, porque os fatores
oncogênicos, os fatores destruidores do organismo que aparecem nas substâncias
não orgânicas usadas para matar as pestes que vão assolar os vegetais nos matam
também um pouco, porque são substâncias contra a vida, contra o ser vivo. Então
eu exorto todos a irem às feiras de orgânicos que a SMIC inaugurou durante os
quatro anos em que eu estive lá, que vendem tudo. Tudo o que eles apresentam
são vendidos. Salve o alimento orgânico, futuro da humanidade, para que a gente
faça grande prevenção contra o câncer.
O Sr. João Carlos Nedel: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Ilustre Ver. Dr. Goulart, V. Exa. tem toda a razão sobre o sucesso
da feira ecológica – meus parabéns!
Acabei
de falar com a Secretária Cleci Jurach, que nos informou que já existe uma
obrigação por lei federal de adquirir 30% da agricultura familiar para a
merenda escolar. Acontece que a Secretária disse que fazem uma imensa força
para adquirir esse percentual, mas que nem sempre conseguem, porque não tem
oferta desse produto. Então eles já estão acima desses 10% ou 20% que a lei
fala no primeiro e no segundo anos. Afora isso, o projeto tem vício de origem –
V. Exa. bem conhece esse vício –, apontado pela Procuradoria e pela CCJ. Então
a gente entende que o mérito é importante, mas não pode ter esse vício. A Diretoria
Legislativa encaminhou ao proponente para que ele retirasse o vício de origem,
mas isso não foi feito; então o projeto permanece com vício de origem, o que é
inconstitucional.
O SR. DR. GOULART: É uma pena que seja visto assim, porque
esse é o típico caso em que o mérito é muito mais importante que qualquer outra
lei, que qualquer outro encaminhamento. O mérito é importantíssimo. Alimentos
orgânicos cada vez mais na mesa dos porto-alegrenses. Nós já conseguimos, desde
a época dos outros candidatos que foram, depois, escolhidos para a SMIC,
colocar na merenda escolar o peixe – bolinhos de peixe ou filé de peixe –, mas,
em compensação, uma máquina para cavar açudes ficou parada durante três anos. A
bitola era errada, compraram uma máquina errada. Eu consegui, então, devolver a
máquina para o centro do País e pegar a máquina adequada. Conseguimos cavar
inúmeros poços para colocar girinos de carpas e tilápias. Então, desde a época
em que o Valtinho fez os bolinhos de peixe para a merenda escolar, nós estamos
mantendo – inclusive, aumentamos.
Para
concluir, acho enorme a importância do orgânico. O mérito é muito maior do que
qualquer tipo de lei.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Guilherme Socias
Villela): O Ver. Adeli
Sell está com a palavra para discutir o PLL nº 144/13.
O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores, a história não é atemporal, a história é um dos elementos mais
temporais que existe, e quando nós discutimos alimentação e escola, quando a
gente discute produtos orgânicos, meu colega Marcelo Sgarbossa, nós estamos
discutindo uma trajetória, um debate há muitos anos em Porto Alegre. Nós não
podemos deixar de lembrar aqui a presença da Agapan, do presidente Leonardo,
neste momento, mas foi lá nos 70 que os desbravadores, Lutzenberguer, entre
outros, trouxeram o debate ambiental. Quando nós falamos de debate ambiental,
nós temos que falar da questão do veneno; o veneno na roça, o veneno na
alimentação é algo impressionante!
Dias atrás dois médicos vieram à nossa Comissão e falaram da
exposição zero de cigarros e bebidas. Eu perguntei para eles: interessante,
senhores, os senhores não falaram nada do tomate e do pimentão expostos nos
mercados, de forma lustrosa. Tem muito mais veneno do que em qualquer outra
coisa. Então, nós temos que discutir as coisas como elas são na sua totalidade.
A
minha colega Sofia lembrou que em 2003 nós começamos uma atividade de compra de
produtos na Zona Sul, diretamente, ao lado das escolas. Nessa questão eu quero
me colocar à disposição do Ver. João Carlos Nedel, especialmente, da Secretária
Cleci Jurach, para nós tratarmos da questão da produção dos orgânicos. Na Lomba
do Pinheiro nós voltamos a ter a horta; interessante, eu falei a questão da
história e da questão da temporalidade, porque apareceu aqui um debate sobre a
horta da Lomba, como se tivesse começado agora. Cretinice! Semvergonhice! É
isso mesmo, começou em 2003, quando fizemos a horta e tivemos dificuldades,
quando fizemos duas na Lomba, fizemos na Restinga, e tem uma que sobrevive na
Ilha, embaixo de um dos cruzamentos, dos elevados. Então, isso é história, não
se pode negar. E tem mais, Sgarbossa, inclusive nós temos a lei federal de 30%
de compra ser da agricultura familiar. No interior isso é muito comum. Eu acompanho
alguns exemplos, como o caso do Município de Nonoai, onde há a compra
diretamente da produção local e antes era feita por meio de atravessadores.
Então, nós temos de fomentar essa compra que é importante, por isso vou votar
favoravelmente. Também quero dizer, ao bom debate, que nós temos que fomentar
as hortas educativas nas escolas e as hortas em geral. Inclusive está sendo
formada uma aqui bem pertinho, na escadaria da João Manoel; o pessoal está
envolvido ali. Na Cidade Baixa está havendo pequenos espaços públicos; tem um
grupo de pessoas ligadas não só à questão da nutrição, mas também à defesa
desses produtos. Na Lomba do Pinheiro, para quem não sabe, tem uma feirinha de
produtos orgânicos na Parada 16, que temos que fomentar. Hoje não há apoio da
municipalidade, desculpem, mas não há. A Secretaria não fornece nem um gazebo
para o pessoal, que dirá fornecer condições adequadas para que possam ficar lá.
Então, minhas senhoras e senhores, vou votar favoravelmente ao projeto e quero
dizer ao Governo, especialmente à Secretária Cleci, já que a Bancada do PDT
está aqui neste momento, porque nós podemos ajudar para que os produtos, em
Porto Alegre, sejam da agricultura ou orgânicos da Cidade, ou da Região
Metropolitana. A Ceasa, por exemplo, não consegue manter uma gôndola, um espaço
para os orgânicos. Isso é um descalabro! Disseram: “Ah, Adeli tu já foste da
SMIC e do Conselho.” É verdade, nem tudo se faz ao mesmo tempo. Está aqui o
Cecchim, colega Secretário Valter; nem tudo se consegue. Também não estou
fazendo uma crítica, estou dizendo que a gente precisa pensar nisso. E temos
que nos apoiar nas instituições, não só na Agapan que está aqui presente, mas
em vários grupos que existem. Nos precisamos fazer uma rede e trabalhar isso.
Eu estava falando para o Leonardo da Agapan que, no dia 12 de setembro, das 18h
às 20h, na Rua Senhor dos Passos, 202, vai ter um lançamento de um livro: “A
vitória de
João Pardo” - uma fábula sobre a questão do combate ao uso dos agrotóxicos, com
quatro textos de pesquisadores brasileiros, quatro alemães e uma fábula do
Silvio Meincke. Eu tive o prazer de fazer a orelha desse livro. Portanto, é uma
discussão ampla e necessária. Nós vamos acompanhar o seu projeto, meu caro
Vereador. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela): A Ver.ª Lourdes Sprenger está com a
palavra para discutir o PLL nº 144/13.
A SRA. LOURDES SPRENGER: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores; falar deste projeto,
de sua intenção, não é necessário, porque todos que pensamos em saúde sabemos
dos benefícios dos produtos sem agrotóxico. Sendo assim, estou falando para que
as pessoas que estão nos assistindo possam entender bem, sem terminologia
técnica. Temos visto pareceres com rejeição ao projeto, e, também, é um projeto
que não tem o apoio da maioria dos Vereadores.
Mas não é só falar nos
produtos para o lanche das crianças. Ter produtos orgânicos e ter uma água que
não é nada confiável também não tem fundamento. Ter produtos orgânicos e fazer
frituras para vender nas cantinas escolares também não tem fundamento. Esse é
um contexto que tem que partir de uma política séria, de uma intervenção bem
mais séria da Secretaria da Educação, que, acredito, já esteja implementando
parte dessa política. Também temos que favorecer essas feiras que tem na Zona
Sul, na Redenção – as feiras de orgânicos –, e valorizar o produtor.
Para falar em
orgânico, também precisamos de uma boa fiscalização – não digo aqui no Rio
Grande do Sul –, para que nós não sejamos enganados, achando que vamos comprar
produtos orgânicos, e a produção não ser adequada.
Esse é o registro que
eu quero fazer, dizendo ao Ver. Sgarbossa que ele foi muito feliz, mas nós
temos que exigir mais. Não é só passar um projeto de orgânicos, se, depois, as
escolas não forem contempladas com os lanches adequados. Há muito tempo se fala
nisso. Nós, que somos mães, que criamos filhos, sabemos que só havia produtos
gordurosos, lanches que não
tinham opção, a não ser que levassem de casa. A proposta é muito boa, mas há um
contexto que o Governo também tem que assumir, não adianta passar um projeto e
depois não ser implementado, ficar só como uma lei. Ainda vou avaliar sobre a
votação, porque sou favorável à utilização dos produtos orgânicos, sempre que
possível, mas temos que ter essa aprovação também do Governo. Obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Guilherme Socias
Villela): O Ver. Valter
Nagelstein está com a palavra para discutir o PLL nº 144/13.
O SR. VALTER NAGELSTEIN: Vereador Guilherme Socias Villela,
presidindo a Sessão; Ver. Brum, secretariando; Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores; senhoras e senhores, queria começar dizendo o seguinte: nós fizemos
um juramento aqui quando assumimos o mandato de respeitar a lei. E tem lei que
existe para ser cumprida. Desde Montesquieu, lá em mil seiscentos e tanto, que
é o pai do Estado Moderno, nós definimos a separação dos poderes: o Poder
Legislativo, o Poder Executivo e Poder Judiciário – que é o sistema que
chamamos de pesos e contrapesos e o que cabe, qual é a competência de cada um
dos poderes. O Vereador não pode fazer coisas que não são do Vereador. Então,
perdoe-me meu amigo, Ver. Dr. Goulart, Ver. Sgarbossa, porque aquilo que é de
Vereador é de Vereador, e aquilo que é do Executivo é do Executivo, senão não
haveria razão para ter Vereadores e Executivo. A Constituição é clara, ela diz
o que pode fazer. Então, tem esse vício formal de inconstitucionalidade no
processo, porque, senão, eu também estou cheio de coisas que quero fazer: quero
que ponham o mobiliário da Cidade amanhã, que está todo caindo aos pedaços;
quero que tapem todos os buracos da Cidade amanhã...
(Aparte
antirregimental da Ver.ª Sofia Cavedon.)
O SR. VALTER NAGELSTEIN: A Ver.ª Sofia, se puder me conceder a
possibilidade de raciocinar com tranquilidade. Por isso que existem esses
limites. Então, quero dizer que no mérito, sim, ele é importante, mas existe
esse problema e não podemos aprovar projetos “frankenstein”, que são monstros
legislativos, embora, de novo, reconheça o mérito. E também quero dizer, Ver.
Sgarbossa, com todo o respeito, que esses méritos nós temos, o Governo Fogaça e
o Governo Fortunati, e eu, particularmente, quero dizer aqui que tenho também –
perdoem-me, sem falsas modéstias -, porque a regulamentação dos orgânicos foi
este Vereador que fez na Cidade. O programa de piscicultura, que tem o bolinho
de peixe, iniciou com o Ver. Idenir Cecchim. Alugaram retroescavadeiras,
fizeram açudes; depois nós distribuímos alevinos; depois, quando eu assumi a
Secretaria, já havia os açudes lá. O Beto, o nosso presidente da Cooperativa
Superti, foi à secretaria, perguntou se nós poderíamos ajudar; fomos à
Secretária Cleci e colocamos o bolinho de peixe na merenda. Fizemos o ciclo
completo: hoje nós damos aos produtores os alevinos, beneficiamos os alevinos,
nós colocamos o bolinho de peixe e levamos proteína para as crianças. Isso foi
uma política de ciclo completo do nosso Governo, do Prefeito Fogaça e do
Prefeito Fortunati; perpassou o Secretário Cecchim, o Secretário Humberto Goulart;
comigo também aconteceu. A questão dos orgânicos é nossa. E me desculpem: eu
vejo movimentos sociais que às vezes são aparelhos ou instrumentos de
determinadas vertentes políticas, mas nós fizemos isso, não é privilégio de um
ou de outro. Os orgânicos são política nossa! Está aqui o meu querido Antonio
Bertacco; nós fomos buscar a Dra. Isabel, que era uma agrônoma; fomos buscar
veterinários e fizemos o SIM vegetal, o SIM animal e a certificação dos
orgânicos. E hoje um produtor que vai comprar numa feira da Cidade pode saber
que aquele produto é orgânico, porque nós tivemos essa preocupação, porque nós
realizamos essa política de valorizar os orgânicos, de valorizar os pequenos
produtores rurais na Cidade, de valorizar a agricultura familiar, de valorizar
o meio ambiente. Nós temos, com muita honra – e precisa ser marcada essa
posição, porque nós estamos disputando política –, visão de mundo. Não podemos
aceitar que só um lado diga que eles são os detentores da verdade e dos bons
valores e que nós não fazemos nada e que temos compromisso com o capitalismo,
com os barões. Não, nós temos compromisso também com a economia de mercado, com
grandes empresas, porque, se não existe uma grande, não existe uma média e não
existe uma pequena – são esses os grandes contribuintes e pagadores de impostos
–, mas também temos compromisso com o contribuinte, com o cidadão, com o
consumidor, também estimulamos e reestruturamos o Procon. Tudo isso!
Por
último, eu quero dizer, Sr. Presidente, Srs. Vereadores, que essa é uma visão
de planificação de economia que não existe. Ex-Prefeito da Cidade, um dos
melhores Prefeitos que esta Cidade teve, também com uma grande preocupação
ambiental é o Ver. Guilherme Socias Villela. É dele o Parcão, o Parque Marinha
do Brasil, quantas e quantas praças da Cidade. Eu gostaria que a Agapan
reconhecesse, no Prefeito Villela, um dos maiores ambientalista que esta Cidade
já teve. Mas não se faz assim! Essa economia planificada dessa forma, que num
ano quer comprar 10%, no outro... E se não tem produção, como é que faz? Então
essas questões, por mais que vocês não gostem, são da mão invisível do mercado!
Nós temos que sinalizar como política pública, que é importante, que tem que
ser efetivada, que temos que valorizar, temos que dar crédito, temos que dizer
que preferimos alimentos orgânicos na merenda das nossas crianças, temos que
colocar isso como uma diretriz estratégica a ser atingida, mas não se pode
botar 10, 15, 20, 30%, porque é impossível fazer isso. E se der uma quebra de
safra em determinado ano, se tiver um problema e não tem como cumprir, o que
acontece, não bota merenda então? São essas reflexões. Primeiro: a lei é boa no
mérito, mas tem um vício de inconstitucionalidade; portanto não pode prosperar.
E temos que pactuar isso como uma diretriz de política pública, e, sim, que
bom!
Agora,
tem outro projeto que está aqui na Câmara, Sr. Presidente, de autoria também do
Ver. Sgarbossa, que diz que Porto Alegre é zona livre de agrotóxico! Nós não
podemos fazer isso, gente! Se o consumidor, não quiser comprar um produto que
tenha agrotóxico, nós vamos lá e regulamentamos a feira; agora, como é que vou
banir uma coisa que é legal, que é lícita, e dizer que não pode em Porto
Alegre. O produtor tem o direito de optar. Eu, como cidadão, tenho o direito de
optar. Se eu quiser consumir um produto orgânico, vou lá e tenho segurança para
consumir; se eu não quiser consumir também tenho a liberdade de assim o fazer.
Não posso, como Vereador, fazer isso, Ver. Sgarbossa! Então, essa é a minha
posição. Acho que a ideia é boa, mas ideia por si só não basta, tem que
preencher todos os outros pré-requisitos. Digo por último que nós caminhamos
efetivamente para várias conquistas, feitas ao longo dos Governos dos Prefeitos
Fortunati e José Fogaça, que são nossas, senhores e senhoras. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Guilherme Socias
Villela): O Ver. Engº
Comassetto está com a palavra para discutir o PLL nº 144/13.
O SR. ENGº COMASSETTO: Prezado Presidente Villela, Srs.
Vereadores e Sras. Vereadoras, dia desses olhava as fotos de quando entrei
nesta Casa e as de hoje – percebo o quanto nós envelhecemos fisicamente.
Certamente Ver. Cecchim, conversávamos, há poucos dias sobre este tema, é por
termos que suportar aqui um conjunto de posturas prepotentes, as quais toda a
sociedade sabe que não se sustentam. Primeiro, quero resgatar aqui um pouco da
história, prezado Melgarejo que representa a Agapan, que significa enfrentar o
debate com qualidade e com sinceridade. O Movimento Brasileiro de Agricultura
Alternativa surgiu, ex-Prefeito Villela, talvez lá na época em que o senhor era
Prefeito, na década de 1970, começando nas universidades e na pequena
agricultura brasileira, para resistir à carga da indústria química que
simplesmente despejava venenos. E aí, Valter, você nem era nascido quando o
Lutzenberger já praticava e nos ensinava agricultura ecológica, agricultura
orgânica. A exposição que está no hall
desta Casa relembra os anos de 1970, 1972, 1974. Esse processo sempre foi de
disputa ideológica; por que de disputa ideológica? Porque a agricultura
ecológica não é uma agricultura consumista, ela utiliza os recursos da natureza
e a compreensão do mundo pautado na solidariedade, para que haja a produção
orgânica. Ela elimina a indústria química de todos aqueles que dependem do
monopólio do domínio internacional – aí está a raiz do debate aqui – e produz
um alimento saudável. Por que nós não fazermos chegar esse alimento saudável
primeiro nas nossas escolas? Aí querer dizer que as feiras ecológicas de Porto
Alegre foram inventadas no Governo Fogaça! Pelo amor de Deus, Cecchim, o senhor
foi Secretário e debatíamos lá. A Feira Ecológica da Av. José Bonifácio é a
segunda feira ecológica do Brasil – a primeira foi da agricultura orgânica de São
Paulo – e foi fundada no final de 1989, no primeiro Governo do Olívio Dutra,
está lá o Bertacco, que, na época, ocupava o cargo que ele ocupa hoje, fazíamos
muito debate lá no salão da Vila Nova e chegávamos à conclusão de que não tinha
agricultor ecológico, porque ali usavam agrotóxico. Eu me lembro daquela
reunião que fizemos lá com o Sebastião Pinheiro, que foi uma polêmica, em
novembro de 1989, o Bertacco estava lá, o Antonio Hartmann, os Betios, enfim.
Então, quero dizer que, do processo de vida, é óbvio que todos nós
participamos, mas, a partir daí, quem iniciou a feira ecológica em Porto
Alegre? A primeira entidade foi a Colmeia, quero referenciar aqui o Jacques
Saldanha e a Gleci, que fizeram o trabalho, depois disso, nós costuramos com os
agricultores lá da Lomba do Pinheiro, da Estrada das Quirinas. E quero
referenciar aqui a memória do seu Djalma, que foi um grande lutador desse tema.
Depois, veio o pessoal da Terra de Areia e Itati, quero referenciar aqui o
companheiro nosso que é produtor de lá, ele e sua família, tinha três meninas,
a menor tinha sete anos, hoje já estão todas casadas, todas trabalhando no seu
grupo de agricultura ecológica, o Odari, que tem um ônibus e que trabalha ali.
Quero referenciar o pessoal do IPE, que montou o Centro de Agricultura
Ecológica, que hoje se tornou referência para o mundo, e que começou nesse
período com aquele projeto ali. E a certificação, que saiu agora, o Poder
Público foi pressionado, porque a autocertificação está saindo de um grupo
chamado Rama, quem se autocertifica são os próprios agricultores. Esse é o
processo. Portanto eu poderia vir aqui com a arrogância e prepotência e dizer
que fui eu que fundei as feiras ecológicas em Porto Alegre. Não, nós, na época,
com as entidades, coordenamos a sua implantação na Cidade, que persiste e
constitui hoje um cartão postal da cidade de Porto Alegre. Então, Presidente,
neste último minuto, eu quero aqui lembrar, eu nem sempre concordei com as
posturas políticas de Lutzenberger, mas sempre concordei e defendi seus
princípios, assim como nem sempre concordei com o nosso ex-colega, Beto Moesch,
sob o ponto de vista das suas relações políticas, mas sempre acordei com seus
princípios, é diferente uma questão da outra. E levar o alimento saudável para
as escolas, o Marcelo está propondo uma escala: primeiro ano, 10%; segundo,
20%; terceiro, 30%; quarto ano, 40%; até o quinto ano, chegando em 50%. Valter,
você poderia ouvir o Bertacco, hoje nós temos produção em Porto Alegre para
abastecer mais de 50% das escolas. Hoje se tem essa produção em Porto Alegre.
Portanto, venho aqui pedir para que analisemos isso, Ver. Valter, sob o ponto
de vista do que significa no processo histórico, e acho que isso que nós
estamos decidindo hoje aqui. Muito obrigado e um grande abraço.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. CLÀUDIO
JANTA (requerimento): Sr. Presidente, solicito verificação de quórum.
O SR. PRESIDENTE (Guilherme Socias
Villela): Solicito ao 1º
Secretário, Ver. Paulo Brum, que proceda à chamada nominal para verificação de
quórum, solicitada pelo Ver. Beltrano de Tal. (Pausa.) (Após a chamada
nominal.) Há quórum.
O Ver. João Ezequiel está com a palavra para
discutir o PLL nº 144/13.
O SR. JOÃO
EZEQUIEL: Obrigado, Presidente, novamente, boa
tarde aos Vereadores, Vereadoras, a todos os presentes aqui, a todos os
servidores da Casa, nós, trabalhadores, quando temos a oportunidade de vir aqui
nesta tribuna, é importante que façamos uso dela para também trazermos nossa
posição aqui. Vai parecer que não vou falar nesse tema, mas vou falar dele de
uma outra forma. Esses dias, estávamos em um restaurante, eu e minha esposa,
com uma televisão grande em cima, muitas pessoas em volta, assistindo a uma
competição das Olimpíadas, de natação. E estava lá um brasileiro chegando entre
5º e 6º colocado, aí alguém daquele grupo comenta: “Bah, mas olha os
brasileiros, chegando em 5º colocado, 6º colocado”. E outro falou assim: “Mas,
sim, tu queres o quê? No Japão, na China, nos Estados Unidos, já no Ensino Fundamental, as crianças e
os adolescentes são direcionados, são apoiados, incentivados a praticar algum
esporte, e aqui no Brasil sequer se garantem merendas no Ensino Fundamental, no
Ensino Médio”. A iniciativa do Ver. Sgarbossa em qualificar a merenda,
inserindo produtos orgânicos nela é uma iniciativa que tem que ser apoiada por
todos os Vereadores e Vereadoras desta Casa. E aqui não é o problema do trâmite
– onde está certo colocar isso ou não –; o que nós temos que fazer aqui é todos
os Vereadores votarem a favor desse projeto, a base aliada tem que mostrar que
é favorável ao projeto. Se está errado o trâmite, então que a Prefeitura de
Porto Alegre, o Prefeito, se é que tem que vir por ele, mande o projeto aqui
para esta Casa, porque, gente, nós temos que qualificar a merenda de nossas
crianças, adolescentes que estão nas escolas, no Ensino Fundamental, no Ensino
Médio. Quero dizer, como servidor municipal, que este projeto é apoiado, sim,
lá pelos educadores da Rede Municipal de Ensino. Este projeto é apoiado, sim,
pelos meus colegas trabalhadores da saúde, porque a gente sabe que a
alimentação é fundamental para saúde das crianças e dos adolescentes.
Inclusive, Ver. Flecha Negra, ninguém aprende se não estiver bem alimentado.
Todos nós sabemos disso, não precisa ser trabalhador da saúde para saber disso.
Quero
aqui aproveitar esta oportunidade para dizer que um Vereador, no meu outro
pronunciamento, disse o seguinte: “Ah, o Ezequiel foi lá falar essas coisas,
porque nós estamos em período eleitoral, porque tem as eleições”. Eu quero
dizer para todos aqui, tranquilamente: não serei candidato a Vereador este ano,
estarei lá disputando a eleição do nosso Sindicato de Municipários de Porto
Alegre. Eu trouxe aqui uma questão fundamental que é a ameaça de parcelamento
aos servidores municipais de Porto Alegre. E quero repetir, frisar: não é por
conta das eleições, não. Quero aqui dizer que os municipários de Porto Alegre
não ficarão calados se houver, de fato, o parcelamento dos salários. Nós não
podemos aceitar isso. Eu quero dizer aqui que, em Porto Alegre, para quem não
sabe, são mais de 1.030 CCs com altos salários. Mas por que a Prefeitura não reduz os
CCs, para depois vir falar em salário de servidor? Por que não reduz os CCs? Há
mais de mil CCs com salários muito superiores aos dos servidores municipais. Eu
quero aqui deixar essa mensagem e pedir o apoio de todos os Vereadores à luta
dos servidores municipais, porque, gente, salário não é luxo! O trabalhador
trabalha o mês inteiro e tem, sim, o seu direito sagrado de receber
integralmente o seu salário. Então, quero aqui deixar um apelo, como servidor
municipal, não é por conta das eleições não, é porque esse tema é muito grave e
foi falado pelo próprio Prefeito, na imprensa. Então, quero dizer que nós,
trabalhadores das escolas, professores municipais, trabalhadores da saúde,
enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, guardas municipais... Eu faço
aqui um apelo para que todos os trabalhadores municipais da Capital dos gaúchos
não permitam que esse absurdo ocorra com o salário dos servidores municipais.
Mas quero repetir: se essa política, por um acaso, for implementada pelo
Prefeito Municipal de Porto Alegre, esta Cidade, esta Câmara e a Prefeitura de
Porto Alegre vão assistir a maior greve de toda a história do Município de
Porto Alegre. Muito obrigado a todos os Vereadores e a todos os presentes aqui.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a
palavra para discutir o PLL nº 144/13.
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores, aqui nesta tribuna nós temos liberdade de falar de tudo, inclusive
daquilo que tem mérito, mas não tem juridicidade. Eu lamento que a maioria da
população não tenha esse conhecimento. Se nós, Vereadores, tivéssemos poder
para decidir algumas coisas da Cidade, meu Deus do céu, não teria problema
nenhum e essa Cidade seria maravilhosa. O que nós precisamos falar mais aqui é
das incompetências que estão aí, coisas que os governantes já deveriam ter
resolvido e não resolveram até hoje. Quanto a este projeto, eu fui, lá na CCJ,
relator, pela existência de óbice, por questões lógicas, como disse. O autor
poderia ter encaminhado usando o procedimento indicativo, que casualmente é da
minha autoria também, modificado, para que se permita que façamos aqui um
debate antes do encaminhamento ao Executivo.
Agora, o Ver. Sgarbossa, acho que está presente,
não é? Até há pouco, estava.
É esta a dificuldade que, às vezes, nós temos,
ainda que eu tenha o entendimento, e ele assim foi aprovado por ter existência
de óbice, no mérito, eu vou votar. É esta dificuldade que me parece, Sras.
Vereadoras e Srs. Vereadores, que precisamos um dia buscar – e eu não serei
mais Vereador, a partir do ano que vem, mas precisamos buscar consenso no sentido
de se ter uma leitura do que é possível e do que não é possível, sob pena de
nós ficarmos, como tem esta Casa uma quantidade muito grande de projetos...
Sinceramente, muitos autores não teriam e não têm capacidade, não deveriam nem
tramitar aqui nesta Casa. Às vezes, projetos de mais importância aguardam numa
tremenda fila, um baita dum atraso, porque nós temos projetos tramitando que
não vão chegar a lugar nenhum.
O Sgarbossa adentra aqui o plenário, e eu vou
lhe dizer, Vereador: V. Exa. é advogado, sei que é um homem conhecedor do
Direito Público, ainda que V. Exa. tenha extrapolado a juricidade aqui, eu vou
votar com V. Exa. no mérito – no mérito. Eu, no seu lugar, teria feito este
projeto pelo caminho do indicativo, e aqui na CCJ, quando relatei, eu apontei o
óbice, porque não podia ser diferente, mas, no mérito, eu vou votar com V.
Exa., porque V. Exa., na verdade, está disciplinando e condicionando a compra
de produtos orgânicos para a merenda escolar. Infelizmente, os Legislativos,
com o passar dos anos, perderam aquele poder que no passado tinham. Isso não é
só aqui nesta Casa, é no Estado, no Brasil, enfim.
O Executivo, hoje, pode tudo, pode absolutamente
tudo. Inclusive, quando se fala em criança, o Ministério Público pode construir
prédios maravilhosos, com luxo, extrapolar; o Judiciário, a mesma coisa; o
Executivo, a mesma coisa; as nossas escolas, não preciso nem falar como elas
estão. Não se veem escolas sendo construídas; nós só estamos vendo construções
maravilhosas e novas construções, cada vez mais, de prédios dos executivos, dos legislativos, do
Ministério Público e do Judiciário, de modo geral. O que é um contrassenso.
Vejo essas autoridades fazerem discursos e mais discursos, mas deveriam cortar
da própria carne, deveriam dividir o seu quinhão com aqueles que mais precisam;
porque hoje, infelizmente, não é assim.
Então,
Ver. Tarciso Flecha Negra, V. Exa. que também tem um trabalho voltado para as
crianças, quero dizer que vou votar, pelo mérito, favoravelmente ao projeto do
Ver. Marcelo Sgarbossa, mas sinalizando que possivelmente o Prefeito irá vetar,
buscando esse vício de origem. Agora, eu lamento que o Prefeito não tenha feito
isso até hoje! Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Guilherme Socias
Villela): O Ver. Mauro
Pinheiro está com a palavra para discutir o PLL nº 144/13.
O SR. MAURO PINHEIRO: Ver. Villela, presidindo esta Sessão:
demais Vereadores e Vereadoras. Eu até não ia me inscrever, Ver. João Ezequiel,
para me manifestar sobre este projeto, mas resolvi fazê-lo porque nós, aqui,
discutimos e a sociedade acaba não entendendo: eu sou favorável, mas não sou;
voto contra, mas sou favorável. Porque a grande maioria das pessoas que nos vê
acaba não entendendo os nossos discursos. O projeto é excelente no mérito,
todos os Vereadores aqui concordam com o mérito do projeto, todos nós queremos
uma alimentação saudável nas escolas. Não tem nenhum Vereador aqui, Ver.
Tarciso Flecha Negra, que vai discordar que as nossas escolas devem ter uma
alimentação saudável – e o Ver. Dr. Goulart é médico -, com produtos orgânicos,
de qualidade. Todos nós concordamos. Então, o mérito do projeto é excelente . O
Ver. Marcelo Sgarbossa quando faz o projeto, este não deveria nem ser projeto
de lei, ou lei; a Prefeitura, a Secretaria de Educação já deveriam fazer isso,
sem ser lei, buscar melhor qualidade na alimentação nas escolas. É o que todos
nós almejamos. Então, o mérito do projeto é excelente, todos nós concordamos.
Quando este projeto passou pela Comissão de Saúde e Meio Ambiente, eu era
vice-Presidente dessa comissão, fui relator desse projeto e coloquei no
relatório que, pelo mérito do projeto, sou favorável. Mas se nos formos ver a
parte jurídica, e nós não podemos escapar disso, existe uma constituição que
diz que cada poder tem a sua linha, o Poder Executivo, o Poder Legislativo, o
Poder Judiciário, cada um tem a sua função. E aí vamos no Parecer do Procurador
aqui da Casa, Sr. Cláudio Roberto Velásquez, que é bastante explícito, fala na
importância da Lei Orgânica do Município prover tudo quanto concerne ao
interesse local, então o interesse local é da alçada do Município legislar. Só
que depois a gente sabe que nós, do Legislativo, e aqui está claro no próprio
Parecer do Procurador, que diz o seguinte (Lê.): “Contudo a proposição por
impor obrigações ao Poder Executivo, vênia concedida, incede violação ao
princípio da independência dos Poderes.” Porque quem tem que executar é o
Executivo, são os Secretários, o Prefeito, e não nós, do Legislativo, que vamos
impor o que o Prefeito deve fazer com seus recursos e como ele deve... São
alçadas diferentes, nós estamos com o Poder Legislativo e não podemos criar
obrigações para o Executivo, para quem executa, para quem administra o
Município. Então existe um problema sério, porque estamos interferindo numa
outra esfera, e aí a sociedade vai ver o Vereador que votou no Parecer na
Comissão tal pelo mérito, favorável, mas quando chega no plenário, na hora do
voto, o próprio Ver. Mauro Pinheiro, que foi favorável na sua Comissão, é contra
o projeto. Não, ninguém é contra o mérito do projeto, todos somos a favor do
mérito do projeto, só que o projeto foge da nossa alçada de Vereador, porque
estamos no Legislativo e não no Executivo. Então a indicação que o Ver.
Bernardino diz para o Ver. Marcelo seria o correto: nós deveríamos fazer uma
indicação para que o Prefeito faça ou não este projeto, porque nós não podemos
interferir no Executivo. E aí as pessoas, muitas vezes, falam na rua: “O
projeto é importante, Vereador: merenda orgânica, produtos orgânicos nas
escolas públicas, todos nós queremos, por que o senhor votou contra, Vereador?
O senhor é contra a boa alimentação nas escolas?” Não, não sou contra, sou
favorável, só que não me compete, como Vereador, dizer o que o Vereador tem que
fazer. Assim como não compete ao Prefeito vir aqui dentro do Legislativo dizer
para a Ver.ª Lourdes, por exemplo, se ela deve votar sim ou não. Ele estaria
interferindo no Poder. Nós não poderíamos interferir nos Poderes, portanto sou
favorável ao mérito, mas, infelizmente, terei que votar contra porque não nos
compete determinarmos o que o Executivo deve fazer. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Guilherme Socias
Villela): O Ver. Clàudio
Janta está com a palavra
para discutir o PLL nº 144/13.
O SR. CLÀUDIO
JANTA:
Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, eu acho que o Ver. Mauro
estava indo bem, até quando ele disse que não cabe a nós, enquanto Parecer do
Procurador. Em primeiro lugar, o Procurador da Casa aqui, todos os Pareceres
dele nos nossos projetos aqui não valem, nenhum vale, todos os projetos têm
óbice. Eu acho que ele só pega os projetos e constata os que podem e os que não
podem. Não, o Prefeito tem que concorrer para Vereador, porque o Ver. Mauro
disse que o Prefeito não influencia aqui na Casa. Mas todos dias o Prefeito
influencia aqui na Casa, todos dias, todos dias. Eu não trouxe a folhinha, tem
uma folhinha aí que é distribuída aqui, é sim e não. É o “samba do crioulo
doido”, tchê! É sim e não, como que não influencia? O nosso dever aqui é
legislar para o povo, e o dever do Prefeito é cumprir a vontade do povo! Nós
somos 36 representantes do povo aqui dentro, acho que tem 13 Vereadores aí
concorrendo, nem a Esquina Democrática vai dar para todo mundo, vai faltar dia
no mês na Esquina democrática, a campanha é curta. Aí todo mundo quer concorrer
a Prefeito, porque vai resolver os problemas do povo. Aí, depois que são
eleitos, não é bem assim, como diz o Ferronato. O que é isso? Não, não é bem
assim. Aí o cara entra com um projeto proibindo o refrigerante nas escolas, aí
o Ver. Nedel, que não está aqui agora, diz que não pode. Aí, entra com um
projeto liberando orgânicos nas escolas: não é...Pelo amor de Deus, como é que
é, então? Como é que é? Tu queres proibir comida que não presta, não pode; tu
queres liberar a comida que presta, não pode. O que a gente faz? Tu queres
proibir o cigarro, não pode; tu queres liberar o cigarro, não pode. O que a
gente faz aqui, então? É, proíbe o saleiro, não pode! Pelo amor de Deus, gente,
nosso papel aqui é legislar pelas pessoas que estão lá na rua e nos elegeram. Esse é o nosso papel. E aí a Prefeitura
faz coisas que, constitucionalmente, não pode, e aqui a gente usa argumentos,
dizendo que pode. O exemplo são os aplicativos, aí pode. Com relação aos
aplicativos, eu sou o único Vereador aqui que diz que não pode. Aí todo mundo
diz que pode. O Ver. Delegado Cleiton tem um projeto na questão dos bancos. Aí
o Governo descobriu que não pode, mas não foi o Governo, foi a Fenaban que
descobriu que não pode. Foi a Federação Nacional dos Bancos que descobriu que
não pode. O negão tem um projeto, o Ver. Delegado Cleiton tem um projeto de
segurança dos bancos. Não pode! O que é isso, gente? Pelo amor de Deus, tem que
legislar para o povo. O povo tem direito de comer, na escola, produto orgânico,
o povo tem direito de comer, na escola, produto orgânico, mas, então, cumpram a
lei. Botem a placa vermelha, cumpram a lei, botem motorista profissional a
dirigir, liberem os taxistas de um monte de exigências dessa EPTC, que é o
taxímetro, que é GPS, que não pode táxi vermelho. Liberem, acabem com o táxi de
Porto Alegre. Acabem com o táxi de Porto Alegre, então. Liberem os taxistas de
serem escravos da EPTC. Acabem com os táxis! Aprovem meus três projetos, que eu
homologuei aqui um deles acabando com a EPTC. Votem os meus projetos.
(Aparte antirregimental.)
O SR. CLÀUDIO JANTA: Eu homologuei o projeto aqui, acabem com
os pardais de Porto Alegre, acabem com os pardais em Porto Alegre! Acabem com
os esquemas que a EPTC faz, de fiscalizar o povo escondido. Projetos que eu
homologuei nesta Casa. Então, eu acho que é muita desculpa para não aprovar
projeto de interesse do povo. Então, o povo exige produtos orgânicos; cabe ao
Município, gradativamente, se preparar e dar. O único erro, Vereador, eu fui
Relator, eu cometi este erro: nós poderíamos ter incluído hortas orgânicas nas
escolas do Município. A gente pode construir isso na próxima legislatura. Muito
obrigado, Sr. Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Guilherme Socias
Villela): Obrigado,
Vereador.
Em
votação o PLL nº 144/13. (Pausa.) O
Ver. Marcelo Sgarbossa está com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº 144/13.
O SR. MARCELO SGARBOSSA: Sr. Presidente, peço a atenção dos meus
colegas, porque acho que, de uma certa forma, é uma réplica a algumas
colocações que foram feitas aqui. A primeira, lembraria aqui a fala do Ver.
Engº Comassetto: a lei, como disse o Ver. Nedel – o Ver. Nedel é fantástico,
ele ligou imediatamente para a Secretária Cleci, que lembrou da lei federal –,
obriga que 30% da merenda seja comprada da agricultura familiar. Pois bem, nós
estamos propondo aqui que, no primeiro e no segundo ano, ou seja, 30% só
chegaremos daqui a três anos, quando a lei for aprovada. Então, o nosso projeto
é mais tímido, como disse o Ver. Adeli: “Marcelo, teu projeto é conservador,
porque ele faz de uma forma tão gradual, que nós vamos precisar de três anos
para chegar na exigência da lei”. Não quero aqui confundir agricultura familiar
com produtos orgânicos, mas, logicamente, a agricultura familiar é
potencialmente orgânica; se não é toda, boa parte já o é.
Em
relação a obrigar, como disseram: “Marcelo, faz um Indicativo, não devemos
obrigar”, nós estamos aqui para fazer leis que obrigam ou que não obrigam –
essa é a postura dos legislativos. Eu quero lembrar um projeto de lei – eu fui
ao gabinete, rapidamente, buscar a cópia da votação – de autoria do Ver. Janta,
que foi aprovado por este plenário, criando a Agência Municipal Reguladora dos
Serviços de Porto Alegre – aprovado por este plenário! Um Vereador propõe uma
lei que cria um órgão no Município e é aprovado. Eu quero aqui fazer uma
ressalva: o Ver. Nedel, o Ver. Villela e a Ver.ª Mônica Leal, os três votaram
contrariamente; os demais, favoravelmente. Então, quero trazer aqui argumentos
formais, dizendo que é vício de iniciativa, tendo votado a favor de um projeto
de lei, de iniciativa de um Vereador, que cria uma agência reguladora de
serviços públicos é tentar buscar uma justificativa formal e não querer
enfrentar o tema. O tema é: alimentos orgânicos. Nós temos que legislar, como
disso o Ver. Janta, para o povo, e o povo quer isso, precisa, estamos aqui
falando em saúde e em muitas outras coisas. Então, vejam, se o Prefeito
entender que alguma parte da lei não cabe, poderá vetar parcialmente, poderá
fazer, e nós analisaremos, posteriormente, na derrubada ou não, se o veto for
parcial ou total, é mais um motivo para aprovarmos o projeto. E no limite, caso
a Prefeitura não conseguisse implementar 10% no primeiro ano, 20% no segundo,
20% no terceiro, não vou aqui lembrar os Pares de que inúmeras leis que obrigam
o Município ele não consegue cumprir. Quando acionado judicialmente, alega que,
apesar de estar na lei, não consegue cumprir, e nunca é condenado. O Município
nunca é condenado por não cumprir algo que ele não consegue cumprir, com
justificativas, logicamente.
Quero
lembrar um outro projeto de lei que fizemos em 2013 e que foi aprovado em 2014,
que simplesmente dizia que o Município não poderia mais contratar empresas que
doaram para campanha eleitoral. Aqui se dizia a mesma coisa no plenário, Ver.
Bosco, é inconstitucional, aprovamos aqui e foi sancionado pelo Prefeito.
Então, como diz o Ver. Janta, que não usou essa palavra, não é momento de nos
acovardarmos, nós temos um papel, se o Prefeito quiser, depois, vetar total ou
parcialmente, poderá fazê-lo, mas não cabe a nós fazer essa análise formal,
porque, no mínimo, há uma dúvida, e acho que, na dúvida, nós temos que legislar
em favor da população e não de argumentos formais de eventuais
inconstitucionalidades ou ilegalidades, porque até isso se discutiria. Eu
trouxe aqui dois exemplos tanto esse da contratação de empresas quanto a lei do
Ver. Janta, que esse plenário aprovou com amplíssima maioria. Então quero aqui
novamente dizer que cabe, sim, aprovarmos o projeto, teremos um tempo se o
Prefeito trouxer outros argumentos tentando vetá-lo, e nós aqui analisaremos o
veto eventualmente. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Guilherme Socias
Villela): O Ver. Engº
Comassetto está com a palavra para encaminhar o PLL nº 144/13.
O SR. ENGº COMASSETTO: Sr. Presidente, colega Vereadores e
Vereadoras, eu quero iniciar o diálogo aqui com os meus colegas Vereadores e
Vereadoras pelos três colegas da Medicina: Ver. Manfro, Ver. Goulart e Ver. Dr.
Thiago. Por que eu vou iniciar com os três colegas da Medicina? Porque eles
conhecem – e eu gostaria que todos os colegas Vereadores visitassem – os
centros de oncologia e de toxicologia da PUCRS e do Hospital de Clínicas. As
pessoas que estão ali estão com câncer – eu não digo que seja irreversível,
porque, enquanto existir vida, tudo é possível. Com o grau de metamorfose dos
seus corpos, muitas vezes, nós não os reconhecemos como seres humanos; e não
são só adultos ou pessoas com idade mais avançada como nós, mas também
crianças. Tem crianças que nascem já transformadas pelo efeito toxicológico dos
agrotóxicos, pelo efeito toxicológico dos produtos químicos usados na
agricultura – eu nem vou falar aqui nos que são usados também na indústria de
transformação e na conservação dos alimentos.
Nós
estamos falando aqui, e lá está o Antônio Bertacco. Eu falo aqui porque tenho a
liberdade de falar e, inclusive, de cobrá-lo, quando necessário, sobre a
responsabilidade que ele tem no que diz respeito às políticas públicas. O
Município de Porto Alegre financiou, há poucos dias, para o representante da
Prefeitura Municipal, uma viagem à Dinamarca, para estudar. A Dinamarca foi o
primeiro território mundial a banir o uso de agrotóxicos. Ele trouxe a Porto
Alegre uma delegação de dinamarqueses, que estiveram aqui na Câmara Municipal,
no outro plenário, e que foram visitar os caminhos rurais e os agricultores que
produzem, hoje, em Porto Alegre, produtos livres de agrotóxicos. Bom, se isso é
verdadeiro, o que nos impede, aqui, Ver.ª Lourdes, que é defensora da vida
humana e da vida animal, assim como todos nós, mas a senhora se empenha aqui
nesse tema... Nós estamos tratando aqui, nada mais, nada menos, da vida, Ver.
João Carlos Nedel, nós estamos tratando da vida e, ao tratar da vida, por que
não iniciarmos com as crianças?
Bom,
se tem Poder Público Municipal, que consome produtos para as suas crianças, por
que nós não iniciarmos com a possibilidade desses produtos que são in natura? São frutas! Ver. Cecchim e
Ver. Valter, os senhores foram os dois últimos Secretários da Agricultura – e o
Dr. Goulart – é verdade, desculpe. No ano passado, eu estive com os senhores,
fomos juntos lá no Antonelo, acho que foi, na abertura da Festa do Pêssego, que
fez toda sua produção orgânica e não botou gota de veneno. Sabem o que ele fez?
Todos nós sabemos, mas vou dizer para os colegas aqui, um trabalho que vocês
provocaram, sim, na Secretaria. Ele ensacou 55 mil frutas para não permitir que
as moscas colocassem larvas e apodrecessem o fruto. Com isso, ele evitou usar
os produtos químicos, que são os inseticidas, que mantêm o resíduo, eles são
fisiológicos, entram na seiva do alimento e isso é transmitido para o corpo
depois. Por que não mata um homem de cara? Porque tem algo na engenharia
química e nos agrotóxicos que se chama DDL, um cálculo que a indústria química
faz que se chama dose diária aceitável, DDA. É claro que a dose para matar uma
mosca ou uma larva é minúscula. Então, eu quero dizer aqui que a dose diária
aceitável para matar um humano é um pouco maior. Mas esses produtos são
cumulativos e ficam principalmente no tecido adiposo, e quando as pessoas vão,
depois de adultos, para a academia para perder aquele tecido adiposo, que é a
queima do organismo, aquele agrotóxico entra em combustão, e muitos falam:
morreu do coração, ou morreu de aneurisma. Mas o efeito não foi só a questão do
emagrecimento, com os efeitos colaterais desses agrotóxicos, e os agrotóxicos
serão um coquetel, porque não tem um estudo que identifique qual a relação e a
reação que tem um clorado, um fosforado, um piretroide, quando todos eles estão
juntos, acabam gerando uma bomba. E cada organismo é uma espoleta para detonar
essa bomba.
Então
eu quero dizer aqui que, se nós votarmos esse projeto, nós vamos estar dando um
passo neste Município para que essas bombas não estourem nas crianças das
nossas escolas, e nós vamos livrar um pouco a saúde, os centros clínicos de
câncer de todos os hospitais de Porto Alegre. Então, peço aqui, obviamente, o
voto favorável e se o Prefeito quiser vetar, que vete. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Guilherme Socias
Villela): Em votação
nominal, solicitada pelo Ver. Clàudio Janta, o PLL nº 144/13. (Pausa.) (Após
a chamada nominal.) APROVADO por 17
votos SIM e 07 votos NÃO.
RENOVAÇÃO DE VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
Emenda nº 02 ao PROC.
Nº 1718/14 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 020/14, de autoria do Ver. Mauro Pinheiro, que
altera o caput e o § 1º e revoga os
§§ 2º, 3º e 4º do art. 16 da Lei Complementar nº 601, de 23 de outubro de 2008,
alterada pela Lei Complementar nº 743, de 2 de setembro de 2014, dispondo sobre
transferência de Potencial Construtivo de edificações integrantes do Inventário
do Patrimônio Cultural de Bens Imóveis do Município.
Observação:
- renovação de votação nos
termos do art. 196 do Regimento da CMPA.
O SR. PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela): Em votação a Emenda nº 02 ao PLCL nº
020/14, em renovação de votação. (Pausa.) Os que a aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADA, com voto contrário dos
Vereadores João Bosco Vaz, Sofia Cavedon, Marcelo Sgarbossa e Jussara Cony.
RENOVAÇÃO DE VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
Emenda nº 04 ao PROC.
Nº 1718/14 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 020/14, de autoria do Ver. Mauro Pinheiro, que
altera o caput e o § 1º e revoga os
§§ 2º, 3º e 4º do art. 16 da Lei Complementar nº 601, de 23 de outubro de 2008,
alterada pela Lei Complementar nº 743, de 2 de setembro de 2014, dispondo sobre
transferência de Potencial Construtivo de edificações integrantes do Inventário
do Patrimônio Cultural de Bens Imóveis do Município.
Observação:
-
renovação de votação nos termos do art. 196 do Regimento da CMPA.
O SR. PRESIDENTE (Guilherme Socias
Villela): Em votação
nominal, solicitada pela Ver.ª Sofia Cavedon, a Emenda nº 04 ao PLCL nº 020/14,
em renovação de votação. (Pausa.) (Após a chamada nominal.) APROVADA por 21 votos SIM, 07 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO.
O SR. JOÃO EZEQUIEL: Gostaria de fazer um registro aqui, Srs.
Vereadores e Sras. Vereadoras, em relação à votação simbólica da Emenda nº 02.
Fui chamado ao gabinete no exato momento da votação, mas digo que a minha
posição é contrária em relação a esta Emenda.
O SR. PRESIDENTE (Guilherme Social
Villela): Feito o
registro.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC.
Nº 2388/12 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 044/12, que altera os incs. I a IV, o parágrafo
único e revoga o inc. V do art. 1º da Lei nº 11.150, de 3 de novembro de 2011,
que autoriza o Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE) a desafetar e
alienar imóveis de seu patrimônio. Com
Emenda nº 01.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Elizandro Sabino: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CEFOR. Relator Ver. Airto Ferronato: pela aprovação do Projeto;
-
da CUTHAB. Relator Ver. Delegado Cleiton: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta
dos membros da CMPA - art. 82, § 1º, VIII, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia em 20-04-16 por força do
art. 81 da LOM;
- adiada a discussão por uma Sessão em 27-04-16;
- adiada a discussão por três Sessão em 02-05-16;
- discutiu a matéria a Verª Fernanda Melchionna em
04-08-16;
- adiada a discussão por uma Sessão em 04-08-16.
O SR. PRESIDENTE (Guilherme Social
Villela): Em discussão o
PLE nº
044/12. (Pausa.)
Não há quem queira discutir. Em
votação a Emenda nº 01 ao PLE nº 044/12.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADA com os votos contrários da Ver.ª Sofia Cavedon e do Ver. Engº Comassetto.
Em votação o PLE nº
044/12. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADO com os votos contrários da Ver.ª Sofia Cavedon, Engº
Comassetto e João Ezequiel.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 0794/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 054/13, de autoria da Verª Lourdes Sprenger, que
proíbe a comercialização, a utilização e o manuseio de fogos de artifício no
Município de Porto Alegre, bem como a concessão de Alvará de Localização e
Funcionamento e de Autorização para o Funcionamento de Atividade Econômica para
estabelecimentos que comercializam ou fabricam fogos de artifício, e dá outras
providências. Com Emenda nº 01.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela existência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto e da Emenda nº 01;
-
da CEFOR. Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela aprovação do Projeto
e da Emenda nº 01;
-
da CUTHAB. Relator Ver. Clàudio Janta: pela aprovação do Projeto e da
Emenda nº 01;
-
da CEDECONDH. Relator Ver. João Bosco Vaz: pela rejeição do Projeto e da
Emenda nº 01;
-
da COSMAM. Relator Ver. Mario Manfro: pela rejeição do Projeto e da
Emenda nº 01.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 16-03-16.
O SR. PRESIDENTE (Guilherme Social
Villela): Em discussão o PLL nº 054/13. (Pausa.) O Ver. Adeli Sell está com a
palavra para discutir o PLL nº 054/13.
O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, este projeto, como
várias outras questões aqui levantadas são importantes; muitas vezes, nós queremos, mas não
podemos. Nós legislamos, em nível local, questões atinentes ao Município e,
quando nós tratamos da atividade comercial, nós estamos submetidos, mais que
qualquer outra questão, à legislação federal. Quem faz o regramento do que pode
vender ou não é a legislação federal. E nós podemos legislar de forma
concorrencial em casos muito específicos. A nossa legislação federal é bastante
restritiva em relação aos fogos de artifício. A questão toda é a seguinte: a
falta de fiscalização.
Sr.
Presidente, é impossível falar neste plenário!
O SR. PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela):
Srs. Vereadores, Sras.
Vereadoras, há um Vereador na tribuna.
O SR. ADELI SELL: Tem uma reunião aqui fora, ao meu lado,
que não dá para falar; outra lá fora; e as TVs têm que fazer entrevista lá
fora, não podem fazer aqui. Eu me recuso a falar neste momento porque eu não
vou falar para ninguém, ninguém vai ouvir!
O SR. PRESIDENTE (Guilherme Socias
Villela): Realmente V.
Exa. tem razão, eu solicito aos componentes da plateia que silenciem enquanto
estiver um Vereador na tribuna. Muito obrigado.
O SR. ADELI SELL: Voltando à temática. Nós, Ver.ª Lourdes,
estamos contigo nessa batalha, o problema é a legalidade. Então, nós não
podemos aprovar o projeto, porque tem a questão da legislação federal. Ela é
claríssima sobre essa questão do comércio – claríssima! Então, nós temos uma
lei municipal, eu fui Secretário da SMIC, e nós apreendemos muito material do
tipo dos fogos de artifício e correlatos, porque eles estavam sendo vendidos em
lugares inadequados, contra a lei. A lei, inclusive, é muito clara a respeito
disso. Como já discuti, dias atrás, um projeto de um outro colega Vereador, que
queria impor às casas noturnas que ofertassem camisinhas, etc. e tal.
Impossível! Essa legislação não pode vingar, não porque sejamos contrários, é
porque a legislação nos proíbe. Inclusive esta Câmara Municipal é useira e
vezeira em aprovar projetos com elementos claríssimos de inconstitucionalidade,
passa uma ideia para a população... Não é isso que a Ver.ª Lourdes faz. A
Lourdes tem trabalhado, ao longo do tempo, não só como Vereadora, e sou
testemunha, mas como parceira de inúmeras atividades, inclusive de leis minhas
que têm elementos constitutivos da Lourdes e de outros parceiros. Então, nesse
caso, hoje, quero chamar a atenção para esse problema. Eu coloco esses elementos,
porque tenho visto aqui um outro Vereador, por sinal ausente, que apresentou
duas dezenas de leis, as quais são completamente inconstitucionais. E não é
gratuito que foi no segundo semestre, portanto, com uma visão eleitoreira, uma
visão para enganar, uma visão para vender o que não pode entregar. E nós, aqui
desta tribuna, quero dizer para os senhores, para as senhoras e para os
telespectadores que essas propostas não passarão, pois têm um viés, claramente,
de enganar a população. Nós vamos mostrar, claramente, que alguns projetos são
vexatórios. Somos elementos de chacota na Cidade. Não tem cabimento! Não é o
caso da Vereadora, que é uma pessoa seriíssima, tem apresentado projetos
importantíssimos. E, nesse caso, eu estou utilizando a tribuna, inclusive como
se faz, porque aqui é uma tribuna, aqui a gente fala o que pensa, aqui a gente
diz o que quer e vai responder, inclusive, por isso.
Ver.ª
Lourdes, nas tuas batalhas, nobre querida colega Vereadora, estamos juntos em
muitas questões, mas, nesse projeto, hoje, não lhe acompanho por uma questão
meramente constitucional. Quero que V. Exa. entenda o meu pronunciamento,
inclusive as derivações que fiz desta tribuna sobre projetos de outros
Vereadores, e nós não podemos calar sobre esses elementos. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. ENGº COMASSETTO: Como havia solicitado, passo a ler a Declaração de Voto. (Lê.): “Quanto ao Projeto de Lei do Executivo nº 044/12,
voto contrário pois entendo que a desafetação das áreas devem ser identificadas
e aprovadas individualmente, bem como sempre defendi que todas as áreas
públicas devem ser destinadas prioritariamente para habitação de interesse
social”. Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Guilherme Socias
Villela): Está feito o registro, Ver. Engº
Comassetto.
O
SR. DR. THIAGO (Requerimento): Sr. Presidente, solicito verificação de quórum.
O SR. PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela): Solicito ao 1º Secretário, Ver. Paulo
Brum, que proceda à chamada nominal para verificação de quórum, solicitada pelo
Ver. Dr. Thiago. (Pausa.) (Após a chamada nominal.) Não há quórum.
O SR. PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela – às 16h50min): Encerrada a Ordem do Dia.
Passamos
à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 1686/16 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 169/16, de autoria do Ver. Cassio Trogildo, que
altera a ementa e o caput do art. 1º
da Lei nº 7.246, de 6 de maio de 1993, alterando para Rua Dr. Marino dos Santos
a denominação do logradouro público cadastrado conhecido como Acesso Dr. Marino
dos Santos.
PROC.
Nº 1929/16 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 007/16, que altera os limites das Macrozonas
(MZ) 05 e 08, altera os limites da Subunidade 09 da Unidade de Estruturação
Urbana (UEU) 22 da MZ 05 e da Subunidade 01 da UEU 38 da MZ 08, cria e institui
como Área Especial de Interesse Social II (AEIS II) a Subunidade 03 da UEU 22
da MZ 05, cria a Subunidade 04 da UEU 22 da MZ 05 com o mesmo regime da
Subunidade 09 da UEU 22 da MZ 05 e define o regime urbanístico para a AEIS II
criada.
2ª SESSÃO
PROC.
Nº 1387/16 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 130/16, de autoria do Ver. Kevin Krieger, que
denomina Rua Elpídio Silvério da Silva o logradouro não cadastrado conhecido
como Rua Quatro – Vila do Barracão –, localizado no Bairro Santa Tereza.
PROC.
Nº 1728/16 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 170/16, de autoria do Ver. Cassio Trogildo, que
estabelece a criação de bolsões de proteção para motocicletas nas vias providas
de semáforo no Município de Porto Alegre.
PROC.
Nº 1753/16 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 175/16, de autoria do Ver. Mendes Ribeiro, que
estabelece, em estacionamentos de prédios em que são prestados serviços
públicos no Município de Porto Alegre, a reserva de, no mínimo, 5% (cinco por
cento) de suas vagas para visitantes.
PROC.
Nº 1860/16 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 184/16, de autoria do Ver. Engº Comassetto, que
cria o Programa Municipal de Segurança das Comunidades do Município de Porto
Alegre.
PROC.
Nº 1892/16 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 043/16, de autoria do Ver. Engº Comassetto, que concede o Troféu
Câmara Municipal de Porto Alegre à Associação Micael de Pedagogia Waldorf no
Rio Grande do Sul – Escola Waldorf Querência.
O SR. PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra
para discutir a Pauta.
O SR. IDENIR
CECCHIM: Sr.
Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, eu queria falar de um projeto
que está na pauta para ser votado. Eu não vi o Ver. Adeli Sell, mas estão aqui
a Ver.ª Sofia Cavedon e o Ver. Comassetto. O Ver. Adeli Sell levantou uma
questão importante aqui sobre o projeto de alguns endereços que, se aprovado
como estava, liberava do pagamento dos índices. Foi feita uma emenda a esse
projeto, a qual dizia que a diferença de índice deve ser comprada no balcão,
que é um substitutivo a um projeto de lei do Ver. Márcio Bins Ely. Não está
nessa pauta aí, Ver. Comassetto, é que eu aproveitei para dar essa informação.
O projeto já venceu a pauta, mas vai ser votado. Então, acho que com essa emenda
que foi acrescida, no que se refere à diferença que deverá ser comprado o
índice no balcão, eu queria até agradecer ao Ver. Adeli Sell, que levantou essa
premissa, e dizer que, com essa emenda, já foi sanado, Ver.ª Sofia, de comprar
o índice no balcão. Então, nós deixamos isso de uma forma muito clara,
tranquila, que pode ser votado a qualquer momento, já com os colegas sabendo
dessa providência. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela): O Ver. Engº Comassetto está com a palavra
para discutir a Pauta.
O SR. ENGº
COMASSETTO: Sr.
Presidente, colegas Vereadores, prezados ouvintes, quero apresentar aqui um projeto de
minha autoria que está na 2ª Sessão de Pauta e cria o Programa Municipal de
Segurança das Comunidades do Município de Porto Alegre. Já apresentei, ontem,
aqui, quero reapresentá-lo hoje, para que possamos dialogar, Ver. Cleiton, o
senhor que é da área da segurança. Esse tema nós tratamos na CUTHAB, durante
todo o ano passado, com inúmeras comunidades, principalmente na última década,
e que apresenta uma luta, como toda a Cidade, pelo tema da segurança pública.
Essas comunidades, por iniciativa própria, passaram a organizar um movimento e
uma atuação comunitária para prevenir a possibilidade de ocorrerem crimes
nesses territórios. Para isso, instalaram câmeras, contrataram profissionais da
área da vigilância para que atuem junto com as comunidades. Nós fizemos todo um
debate aqui, porque tinha uma ação no Ministério Público contra essas comunidades,
por essas iniciativas. Mas o viés que estava no debate era urbanístico, porque
eles não poderiam ter uma atuação sobre o território, então fecharam o
território dessas comunidades. E o Ministério Público deu retorno para esta
Casa, dizendo que esse tema é de responsabilidade do Município. Portanto, o
Município tem que tratar desse assunto. Depois de várias discussões, durante um
ano e meio, chegamos à conclusão de que apresentar uma possível solução não é
pela ordem urbanística e, sim, pelo tema da segurança pública. Então nós
estamos apresentando o Programa Municipal de Segurança das Comunidades do
Município de Porto Alegre que tem que ser, obviamente, coordenado pela
Secretaria de Segurança do Município, para criar um regramento mínimo dos
procedimentos, para que sejam iguais para todos e transparentes para a Cidade.
Porque a Prefeitura não pode autorizar nenhuma comunidade ou nenhum privado de
barrar o acesso às comunidades ou impedir a liberdade constitucional do ir e
vir, mas ela pode monitorar esta comunidade para qualquer atentado que possa
haver contra qualquer bem material ou humano nessas comunidades, e ela possa
ter uma cadeia que venha a proteger as comunidades. Portanto, este projeto
nasceu com este viés. E aqui tem várias entidades. Eu destaco as lideranças das
Moradas do Prado, em Ipanema, o Jardim do Verde, na Protásio, na Zona Norte, o
Ecoville, as Moradas das Nascentes, na Lomba do Pinheiro, as Moradas do Lago,
na Hípica e várias outras.
Hoje, prezado Ver. Reginaldo Pujol, isso atinge
mais de 150 comunidades que têm atuação na segurança, mas que não tem um
programa municipal que as unifique, que dê uma visibilidade, que as oriente,
que as organize, que tenha uma central de informações na Secretaria de
Segurança do Município que, se ocorrer qualquer problema ou sinistro, possa ser
acionada e se desenvolva uma cadeia de proteção. Este é o objetivo deste
projeto que estamos apresentando, que se chama Programa Municipal de Segurança
das Comunidades do Município de Porto Alegre. Quero trazer aqui para os colegas
Vereadores, aceitando, obviamente, sugestões. Já está indo para a CCJ, depois
para sugestões, para que possamos qualificar e encarar juntos, porque todos nós
recebemos demandas dessas comunidades em nossos gabinetes e aqui, através da
CUTHAB, foi uma intensiva, em 2015 e em 2016. O Executivo fez os estudos e
disse que, na área urbanística, não podia mudar para fechar, transformar
loteamento em condomínios, mas nós podemos trabalhar pelo tema da falta de
segurança para construirmos, com a participação das comunidades, com o
envolvimento dessas comunidades, um programa municipal de segurança
comunitária. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra
para discutir a Pauta.
O SR. REGINALDO
PUJOL:
Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, sem a veemência do Ver.
Comassetto, mas com entusiasmo semelhante, eu me somo àqueles que, antecipadamente, estão manifestando o
seu apoio a essa iniciativa, a essa proposta, a esse projeto de lei oriundo do
Governo do Município, que demonstrou grande sensibilidade ao acolher
reclamações, ponderações, anseios da comunidade que bem haviam repercutido
internamente, aqui na Casa. Acho que as Áreas Especiais de Interesse Social são
um mecanismo altamente positivo, disponibilizado na legislação urbanística da
Cidade a facultar iniciativas como essa que contribuem objetivamente para que
se regularizem várias áreas de Porto Alegre que, há anos, Ver. Villela, estão a
merecer atenção do Poder Público. E quis a coincidência que nesse dia em que
nós nos manifestamos em discussão preliminar sobre a matéria V. Exa. estivesse
na Prefeitura, e eu sei o quanto V. Exa. é importante nesse processo. Até
porque, no primeiro Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano da Cidade, ainda
quando V. Exa. se encontrava na Prefeitura, esboçou-se a abertura para essas
possibilidades que aqui ocorrem. E eu posso assegurar, sem nenhum risco e
nenhum temor, que foi esse pensamento positivo inserido na legislação urbana
que permitiu que várias regularizações ocorressem no Município de Porto Alegre,
muitas delas com excelente noticiário de imprensa; outras simplesmente
ignoradas, mas que são as mais significativas. E eu diria, Prefeito Villela,
que entre as mais significativas, e eu sei que V. Exa. vai subscrever essa
minha afirmação, está a nossa querida Vila São Gabriel, que, sem maiores
alterações, tão somente com sensibilidade, com brechas que a lei nos permitia,
nós traçamos essa viabilidade de se regularizar os núcleos populares,
respeitando as condições existentes na área, fazendo com que vielas e artérias
se transformassem em ruas, fazendo com que ocupações, muitas vezes até
irregulares, quando não clandestinas, se transformassem em posse, e logo adiante,
propriedade, como é hoje a totalidade dos moradores da Vila São Gabriel, da
Vila São Vicente Mártir, sem falar da Vila Nova Brasília, Vila Nova Santa Rosa
e outras tantas, onde o período fértil da sua administração lançou a semente da
regularização. Por isso, Sr. Presidente, Sras. Vereadores e Srs. Vereadores, eu
tenho regozijo em verificar que a mesma sensibilidade que, no passado, V. Exa.,
Ver. Villela, como Prefeito, teve, hoje é demonstrada pelo Prefeito Fortunati,
que não tem se omitido, e antes, pelo contrário, tem tido iniciativas como
essas, valendo-se de novas disposições legais que os planos diretores
sucessivos foram introduzindo com a criação das Áreas Especiais de Interesse
Social, que é, em última instância, a consequência do fermento que foi lançado
por V. Exa. em sua administração: a regularização com base na realidade do
quotidiano e da realidade urbana. Não fora assim, o Jardim Europa, não aquele
bonitão lá do Parque Germânia, o Jardim Europa ali na queda do Morro Santa
Tereza, não estaria regularizado, da antiga União dos Moradores das Vilas
Populares, que simplesmente marcavam um canto e diziam que aquilo era um
terreno para o pobre morar, e que nós, com a graça de Deus e o apoio de V.
Exa., conseguimos regularizar em grande parte: Passo das Pedras. São Borja,
Santo Agostinho, Santa Rosa, Nova Santa Rosa, Batista Xavier e assim por
diante. Osana, portanto, daqueles que foram pioneiros, e entre eles eu o coloco
em posição de destaque, hoje colega Guilherme Socias Villela, e da mesma forma
saliento, que um ex-colega, aquele que foi um dia Vereador aqui nesta Casa,
eleito que foi com 40 mil votos, hoje Prefeito José Fortunati, mantém a mesma
sensibilidade e a mesma disposição de promover a regularização fundiária em
toda a extensão deste Município, dando a segurança jurídica que a periferia de
Porto Alegre impõe neste momento histórico da Cidade. Muito obrigado, Sr.
Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Guilherme Sociais
Villela): Obrigado, Ver.
Reginaldo Pujol.
Estão encerrados os trabalhos da presente
Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 17h05min.)
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